A Superintendência de Seguros Privados (Susep) divulgou nesta quinta-feira o seu relatório mensal, com dados do setor de seguros, previdência e capitalização, referente ao primeiro bimestre de 2025. A Susep também apresentou o Boletim Susep, que substitui a antiga Síntese Mensal. Com relação ao primeiro bimestre de 2025, a arrecadação do setor supervisionado foi de R$ 70,77 bilhões, representando uma alta de 3,6% em relação ao primeiro bimestre de 2024. Já os valores que retornaram à sociedade (na forma de indenizações, resgates, benefícios e sorteios) somaram um total de R$ 44,67 bilhões no acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, o que representa um aumento de 14,57% frente ao ano passado, puxado principalmente pela expansão dos resgates dos produtos de acumulação (VGBL, PBGL e Previdência Tradicional).
As provisões técnicas do setor alcançaram R$ 1,87 trilhão em fevereiro de 2025, uma alta de 0,94% emrelação ao mês anterior e de 11,95% em relação a fevereiro de 2024. O estoque de provisões técnicas alcançou R$ 1,87 trilhão em fevereiro de 2025, o que representava 15,72% do Produto Interno Bruto (PIB) da economia brasileira no acumulado de 12 meses contados a partir do mês de referência.
Até fevereiro deste ano, os seguros (de danos e de pessoas, exceto VGBL) obtiveram receitas de R$ 35,04 bilhões, um crescimento nominal de 9,03% e real de 4,10% na arrecadação de prêmios, quando comparado ao mesmo período de 2024.
Dentre os seguros de danos, um dos destaques foi o seguro compreensivo, com arrecadação de aproximadamente R$ 1,97 bilhão, crescimento nominal de 13,52% e real 8,36% na comparação com o primeiro bimestre de 2024.
Com relação aos seguros de pessoas, o seguro de vida atingiu o montante de R$ 5,84 bilhões no ano, valor que representa um crescimento nominal de 11,19% e real de 6,14% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já os produtos de acumulação obtiveram contribuições de R$ 30,50 bilhões no ano até fevereiro, uma redução nominal de 2,75% e real de 7,18% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Quando subtraídos os resgates e benefícios, a contribuição líquida para esses produtos no acumulado no ano foi de R$ 3,64 bilhões, motivados principalmente pelas aplicações em VGBL.
Capitalização
O segmento de capitalização foi aquele que mais cresceu, em termos proporcionais, com receitas de R$ 5,23 bilhões no ano, resultando em uma expansão nominal de 9,20% e real de 4,25% na comparação com o mesmo período de 2024.
A Susep aproveitou a divulgação dos dados do primeiro bimestre para apresentar o Boletim Susep, que substitui a antiga Síntese Mensal.
Entre as mudanças, as informações do setor supervisionado serão apresentadas com base em três segmentos: seguros (excluindo VGBL), acumulação (VGBL, PGBL e previdência tradicional) e capitalização. O intuito é aproximar o Boletim Susep das outras publicações da autarquia, com destaque para o Painel de Inteligência do Mercado de Seguros.
As taxas de variação entre os valores acumulados no ano até o mês de referência e os valores acumulados no mesmo período do ano anterior serão calculadas com base em preços correntes (crescimento nominal) e em preços constantes (crescimento real).
As taxas de crescimento real são calculadas ao retirar a inflação do período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos meses considerados. Esse indicador serve para medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pela população brasileira, é calculado pelo IBGE e divulgado também pelo Banco Central.
Os estoques de provisões técnicas passarão a ser informados mensalmente, cotejados entre os três segmentos mencionados acima. As receitas, resgates e sorteios do segmento de capitalização serão apresentadas em maiores detalhes, distinguindo os valores associados a cada uma das suas linhas de negócio (tradicional, filantropia premiável, instrumentos de garantia e outros).
Segundo a Susep, o objetivo das mudanças é apresentar os dados do setor com maiores detalhes, alinhado a outras publicações da Susep, aumentando a transparência na prestação das informações. “Por conta das alterações realizadas, os dados de janeiro e fevereiro foram publicados na mesma data. No entanto, a Susep manterá, para os próximos meses, a publicação mensal do relatório”, esclareceu.