O volume de serviços no país variou 0,3% em junho de 2025, quinto resultado positivo em sequência. Com isto, o setor acumula ganho de 2% desde fevereiro e renova o ponto mais alto de sua série, alcançado em outubro de 2024. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo IBGE.
A alta no mês se deve aos serviços de transportes, que registraram a única taxa positiva do mês, com crescimento de 1,5%.
Entre os demais setores, todos com taxas negativas, destacam-se as perdas no ramo de outros serviços (-1,3%), e nos serviços prestados às famílias (-1,4%). Houve ligeiras variações negativas em informação e comunicação (-0,2%) e profissionais, administrativos e complementares (-0,1%). Apesar da taxa negativa, este setor contou com avanços nas atividades jurídicas e de consultoria em gestão empresarial, o que suavizou a perda em relação ao mês de maio, quando avançou 0,9%.
O crescimento nacional foi acompanhado por 11 das 27 unidades da Federação, com os maiores impactos positivos vindo do Distrito Federal (2,3%) e do Paraná (0,8%).
No acumulado de janeiro a junho deste ano, o volume de serviços teve expansão de 2,5% em relação ao mesmo período de 2024. A maior contribuição positiva ficou com o ramo de informação e comunicação (6,2%), puxado pelos serviços de tecnologia da informação.
Outros crescimentos importantes vêm do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%), com destaque para o transporte aéreo, e também do setor de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,3%), com destaque para o agenciamento de espaços de publicidade e a consultoria em gestão empresarial. O crescimento foi acompanhado por 20 das 27 unidades da federação, com destaque para São Paulo (3,9%).
Em junho de 2025, o índice de atividades turísticas recuou 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado negativo seguido, período em que acumulou uma perda de 1,3%. Com esse desempenho, o setor de turismo se encontra 11,6% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 1,8% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024.
Regionalmente, 11 dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de queda verificado na atividade turística nacional (-0,9%). A influência negativa mais relevante ficou com Minas Gerais (-4,2%), seguido por Rio de Janeiro (-1,5%), Santa Catarina (-3,6%) e Paraná (-2,1%). Em sentido oposto, São Paulo (0,6%) e Distrito Federal (3,4%) lideraram os ganhos do turismo neste mês.
Na comparação de junho de 2025 contra junho de 2024, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 4,1%, 13o resultado positivo seguido, impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros, serviços de bufê e hotéis.
Das 17 unidades da Federação em que o indicador é investigado, 12 mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (3,6%), Rio de Janeiro (8,7%) e Rio Grande do Sul (38,5%), seguidos por Distrito Federal (7,5%), Paraná (4,7%) e Amazonas (14,2%). Em contrapartida, Minas Gerais (-7,6%) exerceu o principal impacto negativo do mês.
Junho tem altas no transporte de passageiros (2,1%) e de cargas (0,7%)
O volume de transporte de passageiros no Brasil cresceu 2,1% em junho, frente a maio, na série com ajuste sazonal. É o quinto resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 14,3%. Assim, o segmento se encontra 12,4% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia), embora 13,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica (fevereiro de 2014).
Já o transporte de cargas avançou 0,7%, após perda de 0,5% nos últimos dois meses, ficando 6,2% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 35,4% acima de fevereiro 2020.
Na comparação com junho de 2024, o transporte de passageiros teve alta de 10,4% em junho de 2025, 10º resultado positivo seguido, ao passo que o transporte de cargas avançou 0,4%, o segundo avanço consecutivo.
No acumulado do primeiro semestre de 2025, o transporte de passageiros cresceu 6,7% frente a igual período de 2024, enquanto o de cargas recuou 1,1% no mesmo período.
Agência de Notícias IBGE
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