Setor de serviços fatura mais e já responde por 57% dos empregos

Segundo confederação do setor, salários no primeiro trimestre foram 14,9% superiores à média

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Salão de cabeleireiro (foto: Fernando Frazão, ABr)
Salão de cabeleireiro (foto: Fernando Frazão, ABr)

A Pesquisa Mensal da Confederação Nacional de Serviços (CNS) apurou que, em maio, o setor foi responsável por 57% dos empregos formais no país. De acordo com o documento, o Brasil alcançou 55,6 milhões de empregos formais em maio de 2025, com 31,686 milhões no setor de serviços. Serviços privados não financeiros representaram 49,7% dos empregos no setor de serviços, com 15,750 milhões de postos. E segmentos como serviços prestados às empresas e às famílias lideraram a criação de vagas.

Quanto à remuneração, o setor de serviços pagou salários médios de R$ 4.153,78 no primeiro trimestre de 2025, 14,9% superiores à média da economia. Os maiores salários foram pagos no setor extrativo mineral, seguido pelos serviços. Já o faturamento do setor de serviços cresceu 7,5% no acumulado de 2025 até março, com aumento real de 9,1%.

No Nordeste o estudo apurou crescimento positivo em quase todos os estados, com destaque para Sergipe (7,4%) e Paraíba (6,3%). No Norte constatram-se quedas em alguns estados, como Roraima (-4,2%) e Acre (-2,9%), mas Tocantins teve crescimento de 12,8%. Já no Sudeste houve crescimento em São Paulo (3,4%) e Rio de Janeiro (2,6%).

“A comparação anual do setor de serviços, com um crescimento de 3,6%, reforça o papel das franquias como motor de expansão econômica, especialmente em segmentos com forte presença regional e recorrência de consumo. O dado mensal 0,1% valida a estratégia de escalar operações enxutas e tecnológicas em áreas de alto fluxo. Mesmo com um cenário macroeconômico desafiador, o setor de franquias tem mostrado resiliência graças à digitalização, ao modelo de baixo custo fixo e à demanda por soluções práticas. No segundo semestre, a prioridade será ampliar capilaridade e eficiência, com atenção à gestão de performance e suporte ao franqueado”, diz o especialista Isaelson Oliveira, CEO do Grupo Hi.

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Já para Roberto Jalonetsky, CEO da Speedo Multisport, “o crescimento anual de 3,6% no setor de serviços reflete a retomada do consumo em áreas como lazer, esporte e bem-estar, ainda que em ritmo moderado. Para marcas com presença no varejo físico e digital, o resultado indica um consumidor mais seletivo, mas disposto a investir em saúde e qualidade de vida. O ambiente macroeconômico ainda impõe desafios, como juros altos e pressão nos custos logísticos, o que exige planejamento de estoques, ações promocionais estratégicas e investimento contínuo em canais digitais. No segundo semestre, o foco estará em reforçar a conexão com o consumidor final e ampliar o portfólio voltado ao esporte acessível. As PMEs do setor esportivo também desempenham papel relevante na cadeia, impulsionando vendas regionais e expandindo o alcance da marca.”

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