Pelo segundo mês seguido, o setor de serviços registra resultado negativo. Em setembro, o volume de serviços prestados no país caiu 0,3% frente ao mês anterior, acumulando uma perda de 1,6%, eliminando parte do ganho de 2,2% do resultado somado de maio a julho. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE.
Apesar das quedas em agosto e setembro, o setor de serviços acumula alta de 3,4% no ano frente ao mesmo período de 2022. O acumulado dos últimos 12 meses é de 4,4%.
Com o resultado, o setor de serviços está 10,8% acima do nível de pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 2,6% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em dezembro de 2022.
A PMS também mostrou que, no confronto contra setembro de 2022, o setor de serviços apresentou recuo de 1,2%, interrompendo uma longa sequência de dois anos e meio de taxas positivas nessa comparação.
“Setembro foi o terceiro mês de menor receita oriunda de prestação de serviços no ano, na frente apenas de janeiro e abril”, registra Rodrigo Lobo, analista da pesquisa.
Três das cinco atividades da PMS tiveram queda, com destaque para o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares, que recuaram de 1,1%, influenciado pela menor receita vinda das atividades jurídicas, de limpeza e de serviços de engenharia.
“Houve apenas uma movimentação natural do conjunto de empresas que compõe esses segmentos, não identificamos nenhum componente especial que tenha motivado a queda do setor”, afirma o analista. Com o resultado, a atividade elimina o ganho de 0,8% verificado em agosto.
Outra queda que chamou a atenção foi a de informação e comunicação, que recuou 0,7% e emplacou o terceiro revés consecutivo, acumulando perda de 1,7% no período julho-setembro, pressionado principalmente pelo setor de suporte técnico, manutenção e outros serviços em TI.
Festival The Town impacta setor de serviços em SP
Entre os dois setores com alta no mês, destaque para serviços prestados às famílias, que avançou 3,0%, recuperando boa parte da queda de agosto (-3,7%). Nesse setor, a principal influência foi do segmento “Outros serviços prestados às famílias”, diretamente impactado pela atividade de espetáculos musicais.
“Houve um grande festival de música, realizado em São Paulo, em setembro, que acabou impactando no setor como um todo”, justifica o pesquisador, sem citar o nome do evento (The Town).
O setor de outros serviços cresceu 0,8%, após três resultados negativos seguidos, quando acumulou perda de 3,3%.
A maior parte (17) das 27 Unidades da Federação (UF) teve queda no volume de serviços em setembro de 2023, na comparação com agosto. O impacto negativo mais importante veio de São Paulo (-1,2%), seguido por Goiás (-4,5%), Rio Grande do Sul (-1,6%) e Distrito Federal (-2,6%). Em contrapartida, Rio de Janeiro (1,9%), seguido por Ceará (1,9%) e Pernambuco (1,0%) registraram as principais altas.
Com Agência de Notícias IBGE
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