Setor de serviços teve queda de 0,6% em setembro

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Salão de cabeleireiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Salão de cabeleireiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)

O setor de serviços registrou queda de 0,6% em setembro. Com isso, foi interrompida a sequência de taxas positivas nos cinco meses anteriores. No período, o ganho acumulado ficou em 6,2%. Mesmo com o recuo de setembro, o setor ainda ficou 3,7% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro do ano passado. No entanto, está 8% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014.

O acumulado do ano chegou a 11,4% e o dos 12 meses, 6,8%, maior taxa da série histórica, iniciada em dezembro de 2012. Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) foram divulgados hoje pelo IBGE. Conforme o levantamento, quatro das cinco atividades investigadas pela pesquisa acompanharam a queda. O destaque ficou com os transportes (-1,9%), que tiveram a taxa negativa mais acentuada desde abril do ano passado (-19%). As outras atividades que também caíram no período foram outros serviços (-4,7%), informação e comunicação (-0,9%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%).

Em setembro, o setor de serviços prestados às famílias registrou a sexta taxa positiva consecutiva (1,3%) e foi o único que cresceu na passagem de agosto para setembro.

O resultado de setembro indicou recuo do setor em 20 das 27 unidades da Federação, referente ao mês anterior. São Paulo apresentou o maior impacto (-1,6%), seguido por Minas Gerais (-1,3%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Pernambuco (-2,2%) e Goiás (-2,2%). As maiores altas ficaram com o Rio de Janeiro (2%), o Distrito Federal (2,9%) e o Mato Grosso do Sul (3,6%).

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Na comparação com setembro do ano passado, o volume de serviços subiu 11,4%, o que significa a sétima taxa positiva consecutiva. O ganho acumulado do setor no ano é de 11,4%, em relação ao período de 2020. Nos 12 meses, o acumulado é de 6,8%. Segundo o IBGE, é a “taxa mais intensa da série histórica, iniciada em dezembro de 2012”.

O índice de atividades turísticas cresceu 0,8% ante agosto. Essa é a quinta taxa positiva consecutiva, acumulando no período ganho de 49,9%. Ainda assim, o segmento de turismo ainda está 20,4% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado, no cenário pré-pandemia.

De acordo com o IBGE, a pesquisa produz indicadores com os quais é possível acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país. Os dados são obtidos por meio da receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um “serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação. Há resultados para o Brasil e todas as unidades da federação”.

Em setembro, o comércio paulista gerou quase 15 mil empregos com carteira assinada, após 116.441 admissões e 101.564 desligamentos, a menor evolução mensal desde abril. Os dados são da Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). Podem ter contribuído para a desaceleração: a conjuntura de inflação, os juros e o endividamento familiar altos, porém, a acomodação do mercado de trabalho já era esperada. Com o resultado de setembro, o estoque avançou 0,54%, atingindo 2.782 milhões de postos de trabalho formais. Dentre as três divisões que formam o comércio, o varejo foi o que mais se destacou, com a criação de 9.009 vagas, influenciado novamente pelo varejo de vestuário e acessórios (1.232 postos de trabalho). Já o atacado, gerou 4.454 empregos; e a divisão de comércio e reparação de veículos, outros 1.414.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2021, há um avanço de 107.785 novos empregos. O varejo conta com saldo positivo de 63.530 postos de trabalho, enquanto o atacado avançou em 31.213 vagas, e o comércio de peças e veículos, outras 13.042. Nos últimos 12 meses foram criados 200 mil postos de trabalho. No setor de serviços, o mercado laboral obteve a nona evolução seguida, ainda que o saldo seja menor que o registrado em agosto. Foram 52.697 vagas, após 306.451 admissões e 253.754 desligamentos. Isso significa um avanço de 0,79% ao estoque (6,690 milhões de vínculos ativos). Em números absolutos, os maiores avanços foram observados nos serviços administrativos e complementares (12.830), influenciados pelas atividades de seleção, agenciamento e locação de mão de obra (4.369), e na divisão de alojamento e alimentação (10.394), impactados, por sua vez, pelos bares e restaurantes, com 7.011 vagas. No acumulado do ano, o setor gerou 355.904 empregos, e em 12 meses, 455,7 mil.

Na capital paulista, o comércio também apontou, em setembro, o menor crescimento dos últimos meses: 5.872 vagas. Destas, 3.725 pertencem ao varejo; 1.349 ao atacado; e 798 ao comércio e à reparação de veículos. Com mais de 876 mil vínculos formais ativos, o aumento significou avanço de 0,67% no estoque. De janeiro a setembro, houve a criação de 32.889 empregos, e no acumulado de 12 meses, 55.781. Já o setor de serviços gerou 24.954 vagas. O desempenho geral foi influenciado pelos grupos de atividades administrativos e complementares (5.736 vagas) e de alojamento e alimentação (4.090). Com pouco mais de 3 milhões de contratações, o saldo significou avanço de 0,84% no mercado de trabalho. Em 12 meses, houve criação de 206.944 vagas com carteira assinada. Os serviços administrativos, técnico/profissionais e de saúde humana e sociais responderam por 62% do saldo total do setor.

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