Setor hoteleiro acelera contratações para o final do ano

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Quarto de hotel (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Quarto de hotel (Foto: Fernando Frazão/ABr)

Segundo pesquisa da Bare International, que avaliou o comportamento e as pretensões de consumo no atual estágio da pandemia, 76% dos entrevistados afirmaram que pretendem viajar já nos próximos meses, após completarem o ciclo de vacinação. Os outros 24% alegaram que, mesmo se vacinados, não se sentem seguros em viajar antes que a pandemia passe completamente. O estudo ouviu 596 pessoas, maiores de 18 anos, no mês de setembro, e revelou ainda que, mesmo encorajadas a retomar os velhos hábitos, as novas práticas sanitárias devem se manter por muito tempo; 50,01% dos entrevistados afirmaram estar vacinados com as duas doses ou a dose única, ainda assim, 69% deles alegaram que preferem evitar estabelecimentos que não seguem os protocolos de prevenção à doença.

Baseado nisso, levantamento feito pela startup Closeer, que atua desde 2019 conectando empresas e trabalhadores para vagas temporárias, sendo o setor de hospedagem um dos mais presentes na plataforma, mostrou que as oportunidades cresceram mais de 400% neste ano, comparado com 2020.

De acordo com a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), a previsão é de que cerca de 560 mil vagas temporárias surjam somente neste último trimestre: 60% das contratações, segundo a entidade, serão impulsionadas pela indústria, seguido de 25% no setor de serviços, que inclui os hotéis. Os outros 15% correspondem ao comércio. A Asserttem estima que, somente no primeiro semestre deste ano, os empregos temporários tenham gerado um volume de renda de mais de R$ 3,36 bilhões em todo o país.

Em Minas Gerais, em 2021, 12,7% dos empresários do estado pretendem contratar funcionários por período determinado neste fim de ano.

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De acordo com a pesquisa “Contratação de Temporários 2021”, elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), a oferta de vagas será maior ou igual ao ano passado para 53,5% dos entrevistados. Entre os segmentos de maior destaque estão cargos como vendedores (79,6%), operadores de caixa (12,2%) e estoquistas (12,25).

Esse movimento se repete em relação às contratações definitivas. Ao todo, 59,1% das empresas possuem uma perspectiva elevada para efetivação de funcionários, que ocorrerão, principalmente, nos meses de dezembro de 2021 e janeiro de 2022. O índice é 36,3 pontos percentuais (p.p.) superior ao ano passado, tornando as vagas temporárias uma porta de entrada para a recolocação profissional.

O economista-chefe da Federação, Guilherme Almeida, observa que a proximidade da Black Friday e do Natal podem intensificar as contratações de temporários, embora esbarrem em desafios macroeconômicos. “A economia vive um momento delicado, que reflete no aumento da inflação, na dificuldade de acesso ao crédito e no desemprego. No entanto, o movimento tradicional de fim de ano deve beneficiar uma série de atividades, e, por consequência, gerar vagas temporárias.”

Os segmentos de tecido, vestuário e calçados (29,7%); supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,6%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,7%); móveis e eletrodomésticos (9,5%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,0%) serão aqueles com mais admissões.

Apesar de uma parcela dos empresários estar disposta a contratar, a maioria não encontra motivos para incrementar o quadro de pessoal. Entre os principais fatores apontados pelos entrevistados estão a falta de movimento que justifique as contratações (54,8%), a não contratação de funcionários temporários para o período (27,4%) e a queda nas vendas do comércio (6,9%). Além disso, 30,6% dos entrevistados apontaram a falta de experiência e/ou capacitação (22,4%) e a dificuldade de se encontrar profissionais sem o perfil adequado para a função (18,4%) como fatores que dificultam a contratação de funcionários temporários.

A pesquisa foi realizada com empresários do comércio varejista das cidades de maior impacto no Produto Interno Bruto do estado: Belo Horizonte, Betim, Contagem e Uberlândia. A margem de erro é de 5%, enquanto o nível de confiança é de 95%.

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