Setor hoteleiro fechou 2023 com R$ 8,4 bi em investimentos e 44 contratos até 2028

Rio é o segundo destino mais buscado para o feriado de Corpus Christi, só perdendo para SP, que deve movimentar R$ 5 bi no setor

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Quarto de hotel (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Quarto de hotel (Foto: Fernando Frazão/ABr)

Comparado ao ano passado, 2023 teve um crescimento notável no desempenho dos hotéis brasileiros, impulsionado pelo aumento da receita por quarto disponível (RevPAR) em 20% ao longo do ano. Diferentemente de 2022, quando apenas uma minoria das capitais conseguiu superar a receita de 2019 o ano pré-pandêmico, desta vez nove das 10 capitais analisadas alcançaram esse patamar.

Foi o que apontou pesquisa realizada pela HotelInvest, em parceria com o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), cobrindo as capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Manaus.

Polos turísticos como as duas últimas cidades foram afetados pelo aumento no preço das passagens, impactando diretamente a hotelaria. Como resultado, essas capitais experimentaram um resultado negativo na ocupação em 2023.

“Apesar do crescimento em 2023, houve uma desaceleração ao longo dos trimestres e, para 2024, devemos ter um incremento mais modesto tanto em ocupação quanto em diária por conta desse movimento visto ao longo do ano passado. Para isso, a continuidade da queda de juros, o aumento dos investimentos e da renda são fundamentais”, comenta Cristiano Vasques, sócio-diretor da HotelInvest.

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Ainda de acordo com o estudo, o setor hoteleiro brasileiro estima R$ 8,4 bilhões de investimentos até 2028, representando um aumento de 26,9% em relação ao ano anterior. Esse avanço resultou na assinatura de contratos para 137 hotéis nos próximos quatro anos, totalizando aproximadamente 21.863 quartos em diferentes segmentos.

“O aumento no número de contratos para hotéis até 2028 refletiu a confiança contínua dos investidores no potencial do mercado hoteleiro brasileiro, apesar dos desafios enfrentados nesses últimos anos. No entanto, vale ressaltar que, embora os valores tenham ultrapassado os níveis pré-pandêmicos em várias capitais neste ano, o aumento nos custos de construção ao longo dos próximos anos, representa, sim, um obstáculo significativo na conquista e desenvolvimento dos projetos. É preciso recuperar perdas, saldar dívidas e estabilizar o fluxo de caixa dos empreendimentos, dramaticamente afetados com a pandemia”, explica Orlando de Souza, presidente-executivo do FOHB.

O feriado de Corpus Christi deve movimentar R$ 5 bilhões para o turismo de São Paulo, segundo estimativas do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (Ciet), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens do Estado. O levantamento aponta ainda um avanço de 7% no fluxo de turistas, comparado com o último ano, o equivalente a 2,9 milhões de viajantes.

Em São Paulo, estado brasileiro com o maior número de templos religiosos, segundo o IBGE, a data coincide com eventos como, por exemplo, a Marcha para Jesus, visitas ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, a tradicional confecção de tapetes, em Santana de Parnaíba, entre outros.

O turismo religioso corresponde anualmente por cerca de 20 milhões de viagens em São Paulo, de acordo com o Ministério do Turismo. São Paulo aparece no topo da lista do IBGE como destino brasileiro com maior número de templos religiosos.

Sondagem realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de SP (Abih-SP) aponta ocupação hoteleira de 57,5% no Estado de São Paulo durante o feriado. O levantamento mostra a capital paulista com maior fluxo turístico durante a data, uma expectativa de 47,5%, logo depois vem o Litoral Norte com 80,5% e em seguida o Vale do Ribeira com 95% de expectativa em ocupação hoteleira.

Tanto que de acordo com levantamento realizado pela plataforma Kayak, o Rio de Janeiro é o segundo destino mais buscado para o Corpus Christi, perdendo somente para São Paulo.

O estudo identificou também o preço médio de passagens aéreas para o Rio para os dias de feriado prolongado, que estão custando em torno de R$ 1.104 ida e volta. O levantamento foi realizado no último dia 10, considerando buscas por voos de ida e volta, em classe econômica, de todos os aeroportos do Brasil, para todos os aeroportos do Brasil. Como datas de buscas foram consideradas de 8 de janeiro a 8 de maio de 2024. Para datas de viagem, foram considerados os períodos entre 30 de maio a 2 de junho de 2024.

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