Em vez dos maiôs tradicionalmente utilizados pelas atletas da ginástica artística, as ginastas alemãs (nenhuma medalha) chamaram a atenção de todos, mais pela mudança na indumentária, do que pelo desempenho nas provas, servindo-se de unitards, de corpo inteiro. Tudo em nome de “contrariar a sexualização no desporto”. O movimento é liderado pela atleta Sarah Voss.
O próximo passo poderá ser propor a volta à reprodução assexuada, por desdobramento de células, em vez do método mais utilizado hoje em dia. Quem sabe em Paris 2024?
O falso moralismo é perigoso. Já colocou em cargos importantes gente inepta para exercê-los, gente com o juízo de uma vassoura, caçadores de marajás, negacionistas da Terra plana e outras metástases políticas do reacionarismo obscurantista. No esporte, é perigo renovado. Não faz muito tempo, havia dirigentes esportivos que proibiam de atuar atletas tatuados, barbados ou com piercing na orelha.
Afonsinho que o diga…
Falso moralismo
O moralismo é uma espécie de primeiros passos na prática política pela via reacionária. Primeiro como crítico de moral. Daí às pueris noções da política, através da desinformação e das semiverdades. É fácil de denunciar (ninguém preza um ladrão da coisa pública), mas o denunciante revela muitas vezes contradições injustificáveis entre o que condena e as suas próprias práticas cotidianas, no trânsito, no desperdício de água tratada, na limpeza pública, etc., etc. e tal.
Há 10 anos na coluna Empresa-Cidadã
(trecho da coluna E-C de 3 de agosto de 2011; “Desastre com sorte”)
“Uma economia só presta, só faz sentido, só vale a pena se existir para alimentar, educar e empregar as pessoas. As teorias só prestam se servirem para resolver esses problemas. E todas as empresas, públicas ou privadas, grandes ou pequenas, só fazem sentido, só valem a pena se contribuírem para construir um país onde todos possam ter o atendimento de suas necessidades fundamentais” (Herbert de Souza, o Betinho, conforme depoimento de André Spitz, na Câmara dos Deputados, Comissão de Direitos Humanos, em 9 de agosto de 2000).
Nascido em 3 de novembro de 1935, Betinho dedicou-se à promoção dos direitos humanos, tendo sido o criador da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida e fundador tanto do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), quanto da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids, além de autor de diversos livros. Sua trajetória e dos irmãos Henfil e Chico Mário está retratada no filme Três Irmãos de Sangue, de Ângela Patrícia Reiniger
“Eu nasci para o desastre, porém com sorte”, dizia Betinho frequentemente.
Há 20 anos na coluna Empresa-Cidadã
(trecho da coluna E-C de 1º de agosto de 2001; “Qualidade de Empresa-Cidadã; Tetra Pak”)
Menção honrosa no Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental 2001, a empresa Tetra Pak investiu cerca de R$ 3 milhões em projetos ambientais, em 2000. O foco dos seus projetos é a educação ambiental nas escolas, o que resultou em um kit com cartilhas e vídeos educativos sobre reciclagem e coleta seletiva de lixo.
Além deste projeto, que já resultou na distribuição dos kits para mais de 20 mil escolas, a Tetra Pak realiza projetos de reciclagem de suas próprias embalagens e de assistência a municípios na implantação de coleta seletiva.
Privatização jabuticaba. A culpa é do contrato
O intenso e ideológico fogo de barragem a respeito da superioridade do setor privado na busca de soluções para os objetivos tradicionais da política econômica só não é maior do que os retumbantes fracassos verificados nas políticas neoliberais, após os Choques do Petróleo (1975 e 1979), a Crise da Prime (2007/2008/2009), entre outras, ocorridas na segunda metade do século XX.
Ativos construídos com denodo ao longo de décadas foram apagados na batida do martelo de privatizações, situando-se na concessão de rodovias um dos principais dínamos geradores de problemas. O município serrano de Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro (RJ), oferece caso exemplar. Um trecho da rodovia RJ-116 (principal via de ligação entre o município e a capital do estado), na altura do km 53, na localidade conhecida como Boca do Mato (trecho de serra), foi fechado, em razão de uma queda de barreira, na quinta-feira, dia 10 de outubro de 2019.
A Concessionária Rota 116 S/A, responsável pelo trecho, após avaliar o movimento de terra na encosta, desobstruiu parcialmente a via para implantar o regime de “pare ou siga” e assim vem operando até hoje, apesar do tempo decorrido.
Ao apagar das luzes de julho, na terça-feira 27, o Conselho Diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes e Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) determinou que compete ao Departamento de Estradas de Rodagem do estado (DER/RJ) a obra de contenção da encosta.
A decisão do Conselho Diretor da Agetransp foi tomada por dois votos favoráveis à transferência do ônus das obras para o DER/RJ, sendo um do conselheiro-presidente Murilo Leal e o outro do conselheiro Vicente Loureiro (ambos com ônus para o DER/RJ), sendo o terceiro da conselheira Aline Almeida (ônus da concessionária Rota 116 AS). A lógica, se é que há, é a de que, pelo contrato de concessão, o ônus da concessionária limita-se a obras emergenciais de pequeno porte (o que não seria o caso) ou a “retoques na maquiagem” da estrada.
Os que entendem que o ônus não é da empresa concessionária repetem à exaustão: a culpa é do contrato. A culpa é do contrato. A culpa é do contrato…
Assim seja, e a reunião foi encerrada.
Ah, mas não sem antes aumentar o preço do pedágio de R$ 6,30 para R$ 7/cada barreira (três, entre o Rio e Nova Friburgo), por veículo de passeio com dois eixos. A culpa é do contrato. A culpa é do contrato. A culpa é d contrato…