Apesar dos ganhos crescentes e de uma campanha publicitária milionária para comemorar seus 100 anos de existência, o Itaú continua desvalorizando seus funcionários e desrespeitando clientes e usuários, extinguindo agências bancárias e dispensando trabalhadores, informa o diretor do Cultural do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro , Gilberto Leal. “Não para de chegar bancários ao sindicato demitidos pelo banco. É um drama humano que poderia ser evitado por uma empresa que cada vez mais fatura dinheiro à custa do sofrimento dos trabalhadores e suas famílias”, criticou.
O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, registrou no terceiro trimestre do ano lucro de R$10,6 bilhões, aumento de 18,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado ficou acima da expectativa do mercado, que apostava num lucro em torno de R$ 10,359 bilhões. No acumulado dos noves deste ano, os ganhos já chegam a R$ 30,5 bi, alta de 16,4% em relação ao mesmo período de 2023. Já o índice de inadimplência total do banco para empréstimos com mais de 90 dias de atraso, sofreu um recuo de 0,4 ponto percentual, na mesma base de comparação, para 2,6%.
O dirigente sindical lembra ainda do número cada vez maior de funcionários adoecidos em função da pressão e do assédio moral por metas desumanas. “Os bancos adoecem a categoria para depois dispensar o trabalhador, especialmente os funcionários mais antigos, tudo por ganância e para ganhar ainda mais dinheiro. Vamos continuar a campanha nacional para denunciar à sociedade, as práticas cruéis do Itaú”, completou Gilberto, que convocou bancários e bancárias a elevarem o índice de sindicalização para fortalecer a luta em defesa do emprego e por melhores condições de saúde e de trabalho.