Só 214 mulheres ocupam 1.846 assentos em conselhos de 275 empresas

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O estudo Teva Indices ESG Mulheres no Conselho revela que o número de mulheres nos Conselhos Administrativos das empresas listadas na B3 cresceu 1,2% no último ano. São apenas 214 mulheres ocupando os 1.846 assentos disponíveis nos conselhos de 275 empresas analisadas, representando 11,6% do total. Isso significa que as decisões do escalão mais alto das corporações ainda são tomadas majoritariamente por homens e sem a contribuição das mulheres. Embora a tendência de crescimento exista, houve uma desaceleração no último trimestre. Em 2020, os números do segundo trimestre mostram um aumento de 0,7% na representatividade, contra 1,1% no mesmo período do ano anterior.

Do total de empresas de capital aberto que são obrigadas por lei a disponibilizar publicamente seu quadro de conselheiros, 48% delas têm seus grupos formados apenas por homens. Apenas 19,3% têm duas ou mais mulheres no conselho, um parâmetro internacionalmente utilizado para avaliar boas práticas de diversidade.

A diversidade nos conselhos representa uma maior pluralidade de ideias nas discussões que determinam os rumos dos negócios.  O crescimento da participação feminina representou também uma pluralidade de formações e maior variedade geracional. O estudo Teva Indices ESG Mulheres no Conselho aponta que 35% das conselheiras estão em seu primeiro mandato e têm idade média de 53 anos. Os homens tendem a ser 4 anos mais velhos. A diferença se acentua entre os maiores de 60 anos, as mulheres são 23% e os homens, 40%. Quando analisamos as áreas de formação, também há concentração nas áreas mais tradicionais, como Engenharia, Administração, Economia e Direito. Entre os homens 77% deles vêm dessas áreas, já as mulheres com essa formação representam 63% do total.

Os números vão se afunilando conforme os cargos vão ficando mais altos. Somente 7% dos conselhos são presididos por mulheres. Do total de conselheiras, apenas 1% delas acumula o cargo de CEO, contra 6% dos homens na mesma condição.

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O estudo revela que, com base na evolução dos números no último ano, as empresas brasileiras levariam 30 anos para chegar a uma paridade de representação em seus conselhos e 70 para ter a mesma proporção na Presidência dos Conselhos, a esfera máxima da tomada de decisões.

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