Após mais de um ano de análise, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) elevou para 25% o Imposto de Importação para 11 tipos de produtos de ferro e de aço. O órgão atendeu a pedido para reajustar as alíquotas do Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos (Sicetel), que apontava concorrência desleal dos importados.
Em abril do ano passado, o Gecex/Camex impôs cotas de importação a esses 11 produtos por um ano. O que estourou o volume autorizado pagou 25% de tarifa. Atualmente, os 11 produtos de ferro e de aço pagam de 10,8% a 14% para entrarem no país. Com a decisão, passarão a pagar 25% definitivamente, independentemente do volume importado.
O Gecex/Camex também elevou a tarifa de importação do clorito de sódio, usado no tratamento de água e no branqueamento e descascamento de fibras têxteis, de polpa de celulose e de papel. A tarifa subiu de 9% para 10,8%.
O órgão elevou, por seis meses, as tarifas de importação de cabos e de fibras ópticas, que passarão a pagar 35% para entrarem no Brasil. Atualmente, os cabos pagam 11,2% de Imposto de Importação; e as fibras ópticas, 9,6%. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o reajuste também se justifica pela preservação do produto nacional da concorrência desleal com o produto estrangeiro.
Em contrapartida, o Gecex/Camex, reduziu o Imposto de Importação de quatro produtos sem similar nacional ou com produção insuficiente para o mercado interno.
Em três casos, as tarifas foram zeradas: motores elétricos para liquidificadores e processadores de alimentos: redução de 18% para 0%; acrilonitrila, matéria-prima para a produção de componentes químicos com inexistência temporária de produção nacional: redução de 10,8% para 0%; fios de poliéster usados em tecidos técnicos, pneus, grelhas, lonas, laminados de PVC e linha de costura: redução de 18% para 0%.
O Gecex/Camex estendeu por seis meses a redução de 10,8% para 3,8% do glifosato, herbicida usado em culturas de arroz, milho, soja, feijão, cana, uva, café, entre outras.
Já as exportações de sucatas ferrosas, materiais reciclados utilizados na fabricação de aço, recuaram no comparativo mensal em setembro. As vendas externas alcançaram 56.164 toneladas no mês passado, uma queda de 43% em relação a setembro de 2023, quando somaram o maior volume mensal daquele ano, 98.326 toneladas. Em relação a agosto último, com 65.254 toneladas, também houve retração, de 14%.
De janeiro a setembro deste ano, a queda é menor. No período, as exportações atingiram 558.465 toneladas, menos 2,8% em comparação aos nove meses de 2023, quando chegaram a 574.819 toneladas, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
“As exportações de volumes excedentes, alternativa para as empresas recicladoras quando ocorrem retrações no mercado interno, começaram a recuar. O pior é que o mercado local ainda não deu sinais de recuperação”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa).
Com a redução da produção das siderúrgicas, retrai também a demanda por sucatas ferrosas. A expectativa do Inesfa é de que as vendas externas não irão superar o volume do ano passado, quando chegaram ao recorde, mais de 800 mil toneladas.
Com informações da Agência de Notícias Brasil-Árabe, citando a Agência Brasil
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