Semana passada, o governo de Xiomara Castro completou 3 anos. A presidente de Honduras destacou o progresso feito por sua administração sob o modelo de “socialismo democrático” e anunciou um plano de emergência para apoiar os migrantes deportados dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que reafirmou seu compromisso com a soberania e desenvolvimento econômico do país “longe das mesquinharias do capitalismo neoliberal”.
Entre as conquistas de seu governo, Xiomara Castro mencionou áreas como educação, infraestrutura e segurança. Segundo ela, 5 mil escolas foram reformadas, o maior investimento da história da Companhia Nacional de Energia Elétrica foi feito e a taxa de homicídios foi reduzida em mais de 20 pontos – sem precisar recorrer aos métodos de “prende e arrebenta” de seu vizinho Nayib Bukele, de El Salvador.
A previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) é que a economia de Honduras cresça 3,5% em 2025, após altas de 3,6% em 2024 e 2023 e de 4,1% em 2022. O resultado esperado para este ano é similar ao dos vizinhos Nicarágua, Guatemala e Costa Rica e superior ao do Panamá e El Salvador (3%).
Em seu discurso, Xiomara Castro apresentou o programa “Irmão, volte para casa”, que inclui apoio financeiro inicial de US$ 100 para migrantes que retornam dos Estados Unidos, cesta básica e capital inicial de até US$ 1 mil para pequenas empresas. Empregos também serão criados em áreas-chave, como segurança e proteção florestal, para facilitar sua reintegração, disse a presidente.
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Vitória de Pirro?
A fórmula do governo Trump de assustar para obter vantagens teve um primeiro momento de sucesso no Panamá. Após receber em seu gabinete o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, neste domingo (2), o presidente panamenho, José Raúl Mulino, anunciou, “entre os acordos alcançados pelas partes”, que o Panamá concordou em não renovar o memorando de entendimento assinado com a República Popular da China em 17 de novembro de 2017. O documento se refere a parceira comercial e de investimentos no âmbito da Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), também conhecida como Nova Rota da Seda.
Rubio, responsável pelas relações externas dos EUA, estabeleceu como prioridade expulsar a China do que os norte-americanos consideram seu quintal: a América Latina.
A política do shock and awe (choque e pavor) pode parecer vitoriosa, mas acaba, ao final, distanciando ainda mais os EUA dos vizinhos, deixando pavimentado o caminho para outros atores – especialmente a China.
Tucanos contra a extinção
Militantes tradicionais do PSDB lançaram manifesto contra a fusão ou incorporação do partido, como vem sendo ventilado por alguns dirigentes tucanos em conversas com o PSD de Kassab ou o MDB.
“Somos contra a extinção do PSDB através da fusão ou incorporação a outro partido. Para disputas eleitorais, podemos fazer federações ou coligações! E, para qualquer fusão ou incorporação, os filiados devem ser ouvidos democraticamente”, defende o documento.
À frente do movimento, entre outros, está o presidente do Zonal Bela Vista do PSDB de São Paulo, Harold Thau. O manifesto pode ser lido e receber apoio.