Sociedade tem que emergir melhor da pandemia

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O combate à pandemia de Covid-19, que assola o mundo e o Brasil, exigiu e ainda exige ações por parte de toda a sociedade. O impacto se fez sentir, além das milhares de mortes e casos confirmados, nas restrições às atividades, nas demissões e na queda da renda de milhões de famílias. Diante desse cenário, cidadãos, empresas e instituições públicas e privadas vêm somando forças com o objetivo de mitigar o sofrimento da população. Essa crise vai passar. Mas, enquanto não passa, o momento é de união contra o inimigo comum: o novo coronavírus.

Trata-se de uma das piores pandemias de todos os tempos. Só no Brasil, desde a primeira morte confirmada em decorrência da doença, em março deste ano, já foram registrados mais de 140 mil óbitos. Tudo isso em pouco mais de 6 meses. Nesse período, presenciamos uma esperançosa onda de solidariedade com o luto de todas essas famílias e também com aqueles que contraíram a doença – já são mais de 4,6 milhões de casos confirmados até o momento. Diante dessa crise, o setor de saúde se tornou um dos principais aliados no combate à doença.

A saúde representa cerca de 10% do PIB nacional e é a segunda maior empregadora do país, responsável pela fonte de renda de mais de seis milhões de brasileiros. São aproximadamente seis mil hospitais públicos e privados para atendimento de cerca de 210 milhões de habitantes. Esse mesmo setor da saúde se uniu, atrelou esforços e se alinhou a todas as esferas de governo para prestar auxílio à sociedade brasileira, com a doação de mão de obra, insumos básicos, equipamentos, subsídios para a construção de hospitais de campanha e para a reativação de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), além de reunir grupos de trabalho para dar apoio à destinação dessas doações e à realização de pesquisas, inclusive para vacinas.

Grave como possa ser a atual situação do Brasil em meio a essa pandemia, o trabalho dos profissionais da saúde tem contribuído muito para evitar que o cenário fosse ainda mais caótico. Eles e as instituições de saúde estão na linha de frente a serviço da população nessa guerra contra o novo coronavírus. Parte da estratégia de guerra também é preparar o cenário para quando ela tiver sido vencida – porque vamos vencê-la!

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Outro ponto que merece destaque é o papel do Poder Judiciário durante a atual crise, principalmente nos temas relacionados à saúde. Durante uma situação de calamidade é comum ocorrer o aumento das disputas levadas ao Judiciário, mas a judicialização não é boa para ninguém, inclusive para o consumidor. Nosso Poder Judiciário tem atuado para fomentar a mediação e a conciliação pré-processual com brilhantismo. Essas ferramentas, que são acessíveis e imprimem agilidade nas tratativas com o cliente, contribuem muito para resolver a demanda do consumidor e, consequentemente, evitar o aumento da judicialização.

Para gerar um equilíbrio entre as partes, é essencial buscar todos os meios existentes para resolver a demanda do cliente. Trabalho, este, que vem sendo muito bem desenvolvido pelos profissionais que atuam na esfera Judicial do nosso Estado. Com isso, todos saem ganhando, principalmente o consumidor. As boas empresas atuam para diminuir os acionamentos judiciais e para melhorar a resolutividade por meio de canais alternativos de solução de conflitos. E mais: as melhores empresas trabalham sem parar para superar as expectativas dos seus clientes e assim zerar todas as demandas e reclamações.

As crises nos ensinam muitas coisas, mas essa pandemia ensinou mais. Ensinou que o exercício da solidariedade, a necessidade de humanização e a mostra de união são conceitos que entraram definitivamente para o repertório moral da sociedade, e terão de ser observados no dia a dia. Não há verdadeira prosperidade e harmonia social sem apoio para que as desigualdades sejam, se não eliminadas, pelo menos atenuadas.

Ajudar o próximo é a lição. Um aprendizado que vai se tornar uma tendência incorporada na cultura das empresas e uma sinalização de que o sentimento de esperança vai prevalecer. É hora de despertar mudanças e dar um novo significado àquilo que já existe, para que novas perspectivas de valorização e atuação possam surgir, tanto pessoal quanto profissionalmente. Sairemos dessa crise sem precedentes mais solidários e mais unidos.

Pablo Meneses – Vice-presidente de Operações e Relacionamento da Qualicorp, membro consultor da Comissão Especial de Direito Médico e da Saúde do Conselho Federal da OAB e assessor especial da presidência da Anab

 

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