Os preços dos alimentos também absorvem a ineficiência da cadeia, pois se o número de 30% do que é produzido jogado fora é alarmante, produtos frescos, que tiveram a maior alta de preços, têm 45% da produção indo para o lixo. Com o desafio crescente da inflação e o impacto no bolso dos consumidores, encontrar formas de evitar o desperdício de alimentos colabora para menor aceleração dos preços. Nesse cenário, a inteligência artificial começa a se destacar como uma ferramenta valiosa.
Hoje o Brasil desperdiça anualmente 55 milhões de toneladas de alimentos, dos quais 14% no setor varejista. Dado que o setor é composto por uma cadeia com múltiplas variáveis e múltiplos elos, faz sentido atuar de forma direcionada, desenvolvendo expertises focadas. A Aravita aponta, inicialmente, para o varejo, mais especificamente a gestão de frutas, legumes e verduras (FLV) – o setor gera um enorme registro de dados que, reunidos a indicadores macroeconômicos e informações climáticas para criar previsões de demanda, faz a gestão do estoque de forma preditiva, via IA: tudo instalado num tablet que está à disposição do comprador no PDV.
Essa abordagem oferece a oportunidade de reduzir as perdas em até 65%, equilibrando a oferta e a demanda sem comprometer a disponibilidade ao consumidor, que deseja encontrar produtos frescos na gôndola. “Com a implementação da nossa tecnologia, reduzimos o desperdício de alimentos, o que colabora para que o avanço dos preços seja menor”, explica Marco Perlman, CEO da Aravita.
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