Somália lança plano nacional de eletricidade

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Torre de energia (Foto: Jeso Carneiro)
Torre de energia (Foto: Jeso Carneiro)

O governo da Somália lançou nesta quarta-feira o Projeto Nacional de Recuperação de Eletricidade, que tem apoio técnico e financeiro do Banco Mundial. Segundo informações divulgadas no site da agência de notícia local oficial, a Somali National News Agency (Sonna), é o primeiro programa de investimento em infraestrutura energética do país.

O primeiro-ministro da Somália, Hamza Abdi Barre, participou da cerimônia de lançamento, na capital Mogadíscio. Ele falou que o acesso à energia acessível, confiável e limpa para as famílias do país é uma das principais prioridades do atual governo. O programa será executado pelo Ministério da Energia e Recursos Hídricos da Somália com colaborações de outras pastas e áreas.

O objetivo do projeto é aumentar o acesso à eletricidade de baixo custo no país a partir de recursos baseados em fontes renováveis que ajudem a mitigar as mudanças climáticas. Os focos são quatro: o desenvolvimento da infraestrutura, a geração de energia renovável, o fornecimento de eletricidade para instituições públicas e o aumento da capacidade na área, este último com a criação de ambiente institucional e regulatório favorável ao setor.

O texto do projeto informa que atualmente os recursos energéticos da Somália vêm principalmente da biomassa e dos derivados do petróleo. As estimativas apontam que a energia da biomassa, madeira e carvão vegetal respondem por 80% e 90% do total de recursos disponíveis na Somália no setor e que os produtos petrolíferos representam cerca de 10%.

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Segundo o texto do projeto, a Somália não possui infraestrutura de rede elétrica nacional. Antes do conflito, a Somalia National Electric Corporation era a única empresa de utilidade pública de energia em operação, abastecendo Mogadíscio e os principais centros regionais do país com geradores a diesel. Os municípios eram responsáveis pelo restante da energia na Somália.

A infraestrutura pública, que já era bem limitada, foi destruída durante o último conflito e atualmente a Somalia National Electric Corporation opera com apenas 12 megawatts de capacidade instalada por meio de uma espécie de parceria público-privada. Hoje em dia, os fornecedores do setor privado garantem os principais serviços na área usando pequenas redes particulares.

O projeto lançado, porém, prevê a reconstrução da rede pública de subtransmissão e distribuição, além de reforço na eficiência das operações, o que receberá investimento de US$ 75 milhões. Outros US$ 20 milhões serão usados para apoiar hibridização e armazenamento de baterias para pequenas redes. A implantação de acesso a energia solar nas instituições de saúde e educação receberá US$ 40 milhões.

 

Agência de Notícias Brasil-Árabe

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