SP discute quarta dose de vacina contra a Covid

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Seringa e frasco de vacina (Foto: Brian Hoskins/Sxc.Hu)
Seringa e frasco de vacina (Foto: Brian Hoskins/Sxc.Hu)

Mesmo com 2 milhões de pessoas atrasadas na imunização, sem ter tomado a segunda dose de vacina contra a Covid-19, o governo do estado de São Paulo já pensa na aplicação de uma quarta dose, como vem sendo cogitado em países como Chile e Israel. Em entrevista coletiva hoje, o governador de São Paulo, João Doria, não deu previsão de quando a quarta dose será aplicada, mas informou que isso já está sendo discutido pelo Centro de Contingenciamento do Coronavírus.

“São Paulo avalia concretamente esta quarta dose, mas fará isso no momento certo e dentro de uma cronologia e de faixas etárias adequadas”.

Desde dezembro, o estado vem aplicando a quarta dose em pacientes transplantados, renais crônicos ou em tratamento quimioterápico.

Até o momento, da população do estado 80% já tomaram duas doses de vacina contra a Covid-19. Das pessoas que ainda não tomaram a segunda dose, metade é de pessoas entre 12 e 29 anos de idade. Já a terceira dose foi aplicada em cerca de um terço da população do estado.

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Especialistas têm alertado que é importante que a população complete seu esquema vacinal e tome, inclusive, a terceira dose de imunizante para evitar desenvolver a forma grave da doença, principalmente com a predominância da Ômicron no estado.

Nesta semana, as internações por Covid-19 começaram a cair no estado de São Paulo, após atingirem um pico no dia 29 de janeiro. Apesar disso, o número de hospitalizados ainda é alto: há 3.672 pessoas internadas em estado grave no estado, além de 6.125 internadas em enfermarias. A taxa de internação em UTIs no estado está hoje em 70%.

No Rio, novo boletim epidemiológico da Covid-19, divulgado hoje pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital, mostra queda no número de casos da doença confirmados na cidade. A taxa de positividade que, entre 12 e 14 de janeiro, período de pico, chegou a superar 40%, no último dia 6, caiu para 17,6%.

Apesar da queda, já foram confirmados mais casos de Covid-19 em 2022 (337,8 mil) do que em todo o ano de 2021 (294,5 mil) e em 2020 (218,1 mil). A incidência é maior na população na faixa de 20 a 59 anos de idade. Entre os pacientes internados, a maioria tem 60 anos ou mais. A variante Ômicron representa 95,2% dos casos da doença.

Os dados do boletim são referentes ao dia 7 de fevereiro e mostram também que tanto as internações quanto as mortes ocorrem mais entre pessoas que não completaram o esquema vacinal ou que não se vacinaram contra a Covid-19.

Segundo o boletim, a taxa de óbitos entre idosos não vacinados, ou com vacinação incompleta, foi 32 vezes a taxa de óbitos em idosos que tomaram a dose de reforço. Entre os não vacinados, ou com vacinação incompleta, as mortes chegaram à taxa de 643,90 a cada 100 mil. Entre os que receberam a dose de reforço, a taxa foi de 20,10 a cada 100 mil. No grupo de pessoas de 12 a 59 anos, a taxa entre não vacinados, ou com vacinação incompleta, foi 71 vezes a taxa de óbitos entre aqueles com dose de reforço. As taxas são, respectivamente, 10,70 e 0,15 a cada 100 mil pessoas.

De acordo com o boletim, 82,6% da população total do município tomou pelo menos as duas doses da vacina ou a dose única. Considerada apenas a população com 18 anos, ou mais, o percentual sobe para 98,2%.

Segundo especialistas, adultos devem também tomar a dose de reforço, que é voltada para pessoas com 18 anos ou mais que receberam a segunda dose há pelo menos quatro meses. Ao todo, 46,6% foram imunizados.

A vacinação infantil continua no município do Rio. A partir desta quarta-feira, podem se vacinar todas as crianças com 5 anos ou mais. Considerada apenas a faixa etária de 5 a 11 anos, a cidade vacinou, até o momento, menos da metade do público-alvo.

Perto de completar dois anos, a pandemia de Covid-19 ainda apresenta cenário preocupante, com rápida transmissão da variante Ômicron, e seu controle depende prioritariamente da vacinação. A avaliação é de pesquisadores do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que divulgaram hoje balanço de dois anos da emergência sanitária, que fez 5,71 milhões de vítimas no mundo e mais de 630 mil no Brasil.

Desde que os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados na China, ainda em 2019, o novo coronavírus já infectou 388 milhões de pessoas no mundo e 26 milhões no Brasil. O país concentra 6,7% do total de casos do mundo e 11% do total de vítimas, apesar de os brasileiros serem menos de 3% da população mundial.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro de 2020 que a Covid-19 representava uma Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional, e passou a caracterizar a disseminação da doença como uma pandemia, presente em todos os continentes, em 11 de março. Na época, a doença já tinha chegado a 114 países e causado 4,2 mil mortes. No Brasil, o Ministério da Saúde reconheceu a Covid-19 como Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional em 3 de fevereiro.

 

Com informações da Agência Brasil

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