Monitoramento do Instituto Foodservice Brasil (IFB) revelou que o Estado de São Paulo abriga o maior mercado de alimentação do país, com mais de 419 mil pontos de ativos, representando cerca de 29,08% do segmento nacional. Do total, 120,7 mil foram mapeados com atividade em aplicativos de delivery.
A capital é o município que concentra a maior quantidade de estabelecimentos do foodservice, com 110,41 mil empresas em funcionamento, atingindo 26,31% do mercado no estado. O top 5 se completa com as cidades de Campinas, Guarulhos, Ribeirão Preto e Sorocaba.
Atualmente, o estado integra 286,4 mil pontos de alimentação categorizados. No top 3 do ranking, o primeiro lugar é ocupado por lanchonetes, com 53,1 mil estabelecimentos, seguido por bares, com 37,2 mil unidades, e docerias, com 25,4 mil locais.
Já edição deste ano da “Pesquisa Alimentação Hoje: a visão dos operadores de foodservice”, da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), Galunion e Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) mostrou o desempenho dos negócios que atuam no setor, como bares, restaurantes, cafés, lanchonetes e outros negócios de alimentação. O levantamento foi realizado entre 19 de fevereiro e 25 de março e teve 464 marcas respondentes, que representam 5.675 unidades, sendo que 59% atuam na Região Sudeste. Nesta primeira edição do ano, do total de entrevistados, 78% são operadores independentes com até três lojas, enquanto 8% são redes próprias. Dos respondentes, 39% possuem restaurante com serviço completo como principal modelo de serviço, 45% atuam com o negócio há mais de 10 anos e 81% estão localizados em estabelecimentos na rua. Para entender melhor o perfil dos empresários que participaram da pesquisa, o principal tipo de culinária servida pelas marcas neste levantamento foram brasileira caseira, variada, sanduíches e pizzas.
Comparando o ano de 2023 com o mesmo período de 2022, apesar do cenário desafiador, 74% estão com faturamento superior ao de 2022, outros 18% revelaram estar com faturamento igual e 8% com faturamento inferior. Analisando com mais profundidade os dados, o estudo quis entender o resultado financeiro da operação. Com isso, 74% apontaram que tiveram lucro em 2023, 21% fecharam 2023 próximo a zero e 5% com prejuízo, reiterando que se trata de um setor desigual. O lado positivo é que houve um decréscimo de seis pontos percentuais no número de empresas do segmento que estão com dívidas ou atrasos de pagamento, caindo de 28% em agosto de 2023 para 22% em fevereiro-março de 2024.
Ainda segundo o levantamento, de acordo com os respondentes, em primeiro lugar, com 35% figuram os pagamentos por cartão de crédito, seguido de 25% por cartão de débito, 15% por Pix, que passou a ter uma relevância maior no último ano, 12% de voucher alimentação ou refeição, 10% em dinheiro e 3% outros meios.
Também de acordo com o apurado, as três principais formas de fornecimento de produtos para os estabelecimentos do foodservice em 2023 foram compra direta da indústria (67%), uso de distribuidores especializados (44%), compras em atacados e cash & carry (44%) e compra pela internet de marketplaces (30%).
Segundo a Abia, apenas no ano passado, 27,6% do que a indústria de alimentos vendeu no mercado interno foi para o foodservice: R$ 234,9 bilhões, 11,9% a mais que o apurado em 2022.
















