SP: turismo de negócios contribuiu para ocupação de hotéis em agosto

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Quarto de hotel (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Quarto de hotel (Foto: Fernando Frazão/ABr)

A taxa de ocupação dos hotéis está se aproximando a 50% na cidade de São Paulo, demonstrando fôlego mesmo após o período de férias escolares, em julho. A recuperação é influenciada, principalmente, pelo chamado turismo de negócios – atividade extremamente importante para a cadeia hoteleira da capital -, cujo número-índice ficou em 82,9, em agosto, 19% abaixo da média do primeiro bimestre de 2020, período pré-pandemia. Os dados são do Índice Mensal de Atividade do Turismo de São Paulo (Imat-SP), do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) em parceria com a SPTuris.

No mês de agosto, o Imat-SP registrou aumento de 1,6%, em relação a julho, alta de 59,9% no contraponto anual – é o quarto crescimento consecutivo. Com as bases de comparação mensal e anual já se aproximando de quadros mais similares e condições relativamente normais, a partir de agora, as variações tendem a aparecer de forma menos acentuada. Os resultados no mês apontam para um caminho de recuperação consistente. O ritmo, no entanto, tende a ser mais lento, mesmo com o avanço da vacinação e a redução das restrições.

Em agosto, o emprego no setor continuou sua trajetória de expansão. Foram quase 6 mil trabalhadores formais a mais em quatro meses. Houve registro de crescimento de 0,6% na comparação com julho. A variação do emprego, em relação às demais variáveis que integram o Imat-SP, costuma ser pequena, já que depende da decisão das empresas de contratarem pensando no planejamento empresarial de médio e longo prazos, e não apenas da escolha individual, como ocorre com as demais atividades.

O número de passageiros nos terminais rodoviários da capital cresceu 2% na comparação mensal. Desta forma, o índice está em 41,7 – maior nível desde março do ano passado. As férias de julho, o encarecimento e oferta limitada no transporte aéreo, além do aumento do preço dos combustíveis e da tarifa para locação de veículos, são razões para a escolha desta alternativa pelo consumidor.

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No sentido contrário ao restante, a movimentação nos aeroportos de São Paulo e região retraiu 5,6% em agosto. Menos de 3 milhões de passageiros passaram pelos terminais aeroportuários no mês – quase três vezes mais do que no mesmo período do ano passado, momento em que ainda havia forte restrição de circulação e a malha aérea estava limitada. A expectativa é que a retomada aconteça a partir de novembro e siga até o Carnaval.

Já o faturamento das empresas ficou praticamente estável, com variação de -0,4% na comparação mensal. Com a retomada dos eventos ao longo do segundo semestre, o índice deve acompanhar a tendência positiva do setor. Em novembro, por exemplo, ocorrem vários eventos programados para o mesmo fim de semana. Na avaliação da federação, os eventos devem se destacar no fim do ano, contribuindo para o avanço do indicador. O setor foi um dos que mais sofreu ao longo da pandemia.

Já no Estado do Rio, pesquisa da Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ) e do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Rio de Janeiro (HotéisRio), referente ao feriadão do último dia 12, indica que a rede hoteleira do Estado registra uma média de 78% dos quartos reservados. Isso significa um aumento de 21,53% em relação a 2020, quando o número foi de 64,18%.

Na Serra Verde Imperial, além de Teresópolis, o município de Petrópolis registra, até o momento, 90% de ocupação e Nova Friburgo, 78%. Nas Agulhas Negras, Itatiaia/Penedo se destacam com 80%. Já no Vale do Café, região procurada pelos amantes do turismo rural e histórico, Valença/Conservatória, registra 78%; Vassouras, 75%; e Miguel Pereira, 65%.

A busca pelo litoral também foi grande com Angra dos Reis, com 85% e Paraty 81% de quartos reservados. As cidades, que estão localizadas na Costa Verde, recebem turistas que se encantam com os passeios de barco e a enorme quantidade de praias. Na Costa do Sol, Macaé, com um percentual de 85%, se destaca, seguida por Armação dos Búzios (75%), Cabo Frio (70%), e Rio das Ostras (45%).

A capital do estado registra, até o momento, 86,70 % dos quartos reservados. Em 2020 a taxa média para esse feriado foi de 51,30%, o que configura um aumento de 69% em 2021. Entre as regiões mais procuradas pelos turistas, destacam-se: Ipanema/Leblon (94%), Flamengo/Botafogo (89%), Leme/Copacabana (87%), Barra da Tijuca/São Conrado (86%) e Centro (80%). Os visitantes da cidade do Rio de Janeiro têm origem, em sua grande maioria, no próprio Brasil: 96%. Em primeiro lugar estão os visitantes de São Paulo, depois Minas Gerais, em terceiro oriundos do interior do estado e, em quarto, do Espírito Santo. Quanto ao perfil, o ranking é: casais, famílias, visitantes individuais e grupos. Em relação à faixa etária, a maioria está entre 41 a 50 anos de idade. Os 4% de hóspedes estrangeiros vêm dos EUA, em segundo lugar da Argentina, seguidos por Colômbia e Chile.

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