SP: vendas da indústria registraram queda 2,4% em agosto

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Empilhadeira na indústria (Foto: Nino Sartria/Sxc.Hu)
Empilhadeira na indústria (Foto: Nino Sartria/Sxc.Hu)

O Total de Vendas Reais da indústria de transformação paulista recuou 2,4% na passagem de julho para agosto, na série sem influências sazonais, conforme aponta o Levantamento de Conjuntura da Federação (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Essa é a quarta redução consecutiva do índice, acumulando uma queda total de 7,6%. Neste ano, as vendas exibiriam alta apenas nos meses de janeiro e abril.

As Horas trabalhadas na produção, que obtiveram quatro altas seguidas nos últimos meses, caíram 0,4% no comparativo com julho. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), com ajuste sazonal, ficou praticamente estável entre julho e agosto (0,1 p.p), atingindo 81,1%. Com este resultado, o Nuci ficou 1,7 p.p acima da média histórica da indústria paulista (79,4%).

A Fiesp avalia que fatores como o aumento das exportações, puxado pelo forte crescimento global, câmbio desvalorizado e o processo de reabertura da economia em resposta ao avanço de vacinação da população poderão afetar positivamente a indústria no restante do ano. Por outro lado, alguns segmentos da indústria de transformação estão sendo afetados por gargalos associados à escassez de algumas matérias-primas, além de custos elevados com insumos. A inflação, o aumento dos juros, a escassez de matérias-primas e o preço da energia são fatores que afetam negativamente a indústria para o final do ano. O saldo final dependerá do balanço dos dois conjuntos de forças.

A pesquisa Sensor no mês de setembro fechou em 49,1 pontos, na série com ajuste sazonal, resultado inferior ao de agosto quando registrou 51,9 pontos. Números abaixo dos 50,0 pontos indicam piora da atividade industrial paulista no mês, bem como resultados acima demonstram expansão.

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A avaliação do mercado também obteve piora no comparativo com agosto, passando de 52,9 pontos para 49,1 pontos em setembro. O indicador de vendas atingiu 50,3 pontos em setembro, número muito próximo da leitura de agosto (50,5 pontos). Apesar do resultado um pouco menos favorável, o número permaneceu no campo de expansão. Já o emprego avançou 2,2 pontos, passando de 48,7 pontos em agosto para 50,9 pontos no período. Após 12 meses com os estoques abaixo do nível planejado, em setembro as indústrias apontaram sobrestoques, ao atingir 48,8 pontos. Números acima de 50 pontos apontam para estoques abaixo do desejável, ao passo que, números acima de 50 pontos indicam sobrestoque.

Por fim, o componente investimento foi o principal fator a contribuir para a piora do índice geral em setembro. Ao registrar 43,6 pontos no mês, o indicador teve redução de 9,0 pontos em relação à leitura de agosto quando registrava 52,6 pontos.

Divulgada nesta semana, entretanto, a Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que a trajetória de contratações no setor industrial mantém crescimento. O índice de evolução do número de empregados ficou em 52,3 pontos, acima da linha divisória pelo quarto mês consecutivo. O índice varia de 0 a 100, com linha de corte em 50 pontos e os dados acima desse valor indicam resultado satisfatório.

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