Navegando na corrente desencadeada pelo presidente Donald Trump, congressistas do Partido Republicano apresentaram leis que visam ampliar o uso de criptomoedas, especialmente stablecoins, no financiamento do Tesouro dos Estados Unidos.
A Lei Bitcoin (S.954), apresentada ao Congresso em 2025 pela senadora Cynthia Lummis (Wyoming) e pelo deputado Nick Begich (Alasca) busca reconhecer a criptomoeda como um ativo nacional estratégico e estabelecer uma Reserva Estratégica de Bitcoin. O projeto de lei determinaria que o Tesouro dos Estados Unidos compre 1 milhão de bitcoins e outras criptomoedas ao longo de um período de cinco anos.
Outra é a Lei Genius (Guiding and Establishing National Innovation for US Stablecoins), que cria algumas regras para esse tipo de criptomoeda, projetada para manter seu valor fixo em relação a uma moeda fiduciária, normalmente o dólar. A S.919 exige que os emissores garantam seus tokens com reservas de ativos como dólares ou títulos do Tesouro.
Na prática, as propostas colocam as criptomoedas para financiar o Tesouro estadunidense. A senadora democrata Elizabeth Warren (Massachusetts) fez um discurso no Senado comparando a tentativa de desregulamentação do uso de stablecoins à desregulamentação de derivativos – que levou à crise financeira de 2008. “Estou profundamente preocupada que este projeto de lei leve diretamente ao próximo colapso financeiro”, disse ela. “Esta não é a primeira vez que o Congresso ouviu o setor financeiro e criou um regime regulatório fraco para um produto financeiro novo e inovador. Já vimos essa história antes e sabemos como termina.” Apesar dos riscos, a S.919 avançou no Senado dos EUA graças ao apoio de alguns democratas.
“O maior stablecoin do mundo, o Tether (USDT), já superou os US$ 149 bilhões em circulação. Seus emissores, para manter o lastro, aplicam a maior parte dos recursos em títulos da dívida americana. Em 2024, a Tether tornou-se um dos maiores compradores individuais de dívida pública dos EUA, superando países como Noruega e Taiwan”, afirma o economista Fabio Ongaro, vice-presidente de finanças da Câmara Italiana do Comércio de São Paulo (Italcam).
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Petrobras de fachada nova
A Engemon Engenharia deu início à desmontagem da fachada do Edifício Marechal Adhemar de Queiroz – Edise, sede histórica da Petrobras no Rio de Janeiro. Com 26 pavimentos, o prédio passa por uma grande obra de retrofit com término previsto para 2027, com a instalação de uma nova fachada inteligente, além da modernização de elementos obsoletos e desgastados pelo tempo de uso.
Inaugurado em 1974, o prédio foi projetado pelo arquiteto Roberto Luis Gandolfi, vencedor de concurso nacional promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), e é considerado um marco da paisagem urbana carioca
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O Instituto Doméstica Legal lança neste domingo campanha de abaixo-assinado pelo abono do PIS para os empregados domésticos. A proposta é garantir o único direito que ainda falta à categoria. Basta acessar aqui *** Abrasel Leste Fluminense RJ realizará evento sobre medicina no trabalho em Niterói, nesta terça-feira, às 10h30, na Ativa Restaurante, em Icaraí. O evento tem vagas limitadas.