Durante a 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU, representantes de países do Sul Global e de blocos como o G77+China e o Movimento dos Países Não Alinhados (MNA), condenaram veementemente as medidas coercitivas unilaterais e expressaram seu apoio à resolução 78/135, destinada a tornar visíveis e combater essas práticas que afetam seriamente o desenvolvimento econômico e social de muitos Estados. A informação é da TeleSur.
Em nome do Grupo de Amigos em Defesa da Carta da ONU, a Eritreia apresentou o projeto de resolução A/79/L.93, enfatizando que essas sanções não são instrumentos de justiça, mas ferramentas ilegais de coerção política e econômica que violam a Carta das Nações Unidas.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, denunciou a “ilegalidade” das medidas coercitivas unilaterais e seus efeitos negativos sobre as populações dos países afetados. “Medidas coercitivas unilaterais ameaçam a ordem jurídica e econômica internacional, dificultando, entre outras coisas, a cooperação internacional, o comércio e o investimento”, alertou o venezuelano, falando em nome do Grupo de Amigos em Defesa da Carta das Nações Unidas.
Gil sustentou que essas sanções representam “uma clara violação” dos próprios princípios consagrados na Carta da ONU, além de agravar “as condições de pobreza e desigualdade” e “constituem claramente crimes contra a humanidade e violações massivas dos direitos humanos”.
No caso específico da Venezuela, o Ministro das Relações Exteriores explicou que, nos últimos 10 anos, o país foi alvo de mais de mil sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos e alguns de seus aliados europeus, resultando em perdas econômicas de mais de US$ 642 bilhões para o país até 2022.
De Cuba, o vice-chanceler Carlos Fernández de Cossío denunciou que o bloqueio dos EUA equivale a uma guerra econômica sistemática, destinada a gerar fome e desespero. Ele denunciou que os EUA dificultam até mesmo as operações comerciais de Cuba com terceiros países, por meio de perseguições financeiras e sanções extraterritoriais que afetam setores essenciais como saúde, energia e educação.
Com informações da TeleSur e da Agência Xinhua