Supermercados do Rio cresceram 6,7% em vendas no mês de agosto

Setor no estado registra inflação de alimentos no domicílio

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Supermercado (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Supermercado (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Os supermercados do Estado do Rio de Janeiro apresentaram alta de 6,7% nas vendas do mês de agosto, em termos reais, ou seja, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. Com esse resultado, já são 14 meses consecutivos de crescimento das vendas, nessa comparação.

O bom desempenho do setor de supermercados foi determinante para que todo o varejo fluminense registrasse crescimento da receita em agosto (0,80%). No caso dos supermercados, foi o 14º mês consecutivo em que os estabelecimentos apresentaram crescimento das vendas superior à média do varejo fluminense.

Segundo a consultoria econômica da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), no acumulado do ano até agosto, as vendas dos supermercados fluminenses cresceram 5,4%, em termos reais, ou seja, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo período de 2023. Destaca-se que esse bom desempenho ocorreu sobre uma base já elevada, uma vez que o setor também registrou forte alta nesse período de 2023 (5,0%).

Para Fábio Queiróz, presidente da entidade, os dados da pesquisa comprovam a força e a importância do segmento supermercadista no cenário econômico.

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“O resultado do setor de supermercados tem contribuído sobremaneira para o crescimento da receita do varejo fluminense em sua totalidade em 2024 (1,8%). Há mais de um ano, os supermercados do Estado do Rio ampliam suas receitas todos os meses. Importante recordar que, ao contrário dos supermercados, as vendas do varejo fluminense caíram em 2023”, ressalta.

As vendas dos supermercados ao nível nacional também apresentaram forte crescimento em agosto (6,9%), na comparação com o mesmo período do ano passado. O estudo mostra que 10 das 12 unidades da federação pesquisadas registraram aumento das vendas. A exceção foi o Espírito Santo (-2,7%) e Minas Gerais (-0,2%). O Rio de Janeiro, por sua vez, ocupou o sétimo melhor desempenho nacional e o melhor regional, apesar de inferior à média nacional.

Ainda segundo a Asserj, no mês de setembro, o índice de inflação da alimentação no domicílio, que concentra os alimentos e bebidas vendidos nos supermercados, subiu 0,69% no Rio de Janeiro. Foi a primeira alta de preços após dois meses consecutivos de deflação no estado. Essa reversão nos preços do setor direcionou o resultado do índice geral de inflação fluminense, que também voltou a registrar inflação (0,53%) em setembro.

Na média nacional, o setor de alimentação no domicílio também observou inflação em setembro (-0,56%). Segundo a Future Tank, consultoria econômica da associação. essa foi a primeira alta de preços após dois meses consecutivos de deflação no país. E que o resultado do setor no Rio, em setembro, foi superior à média nacional.

“Ainda é cedo para dizer que existe uma tendência de alta nos preços, após deflações anteriores e consecutivas. Entretanto, estamos vigilantes e atentos ao que sinaliza o mercado”, destaca Fábio Queiroz.

Das 16 unidades da Federação pesquisadas pelo IPCA, 11 registraram inflação de alimentação no domicílio em setembro. O Rio de Janeiro registrou a sétima maior inflação do setor dentre os estados verificados.

Os produtos determinantes para a inflação no setor no Rio, em setembro, foram: alcatra (6,81%), contrafilé (6,60%), leite (1,48%), café (2,79%), feijão preto (1,59%), refrigerantes (1,53%) e cerveja (1,49%). Por outro lado, os produtos que registraram queda de preços no último mês foram: batata inglesa (-6,20%), biscoitos (-1,65%), açúcar (-1,31%), arroz (-0,82%) e ovos (-0,56%).

Outra categoria de produtos vendidos em supermercados, os artigos de limpeza também apresentaram inflação em setembro no Rio (1,24%). Uma reversão nos preços desse setor, após deflação observada em agosto (-1,94%). Produtos que determinaram a inflação do setor no estado em setembro: papel toalha (3,04%), amaciante e alvejante (2,42%) e sabão em pó (1,99%).

Por outro lado, os itens higiene pessoal voltaram a registrar inflação em setembro (0,87%), pelo segundo mês consecutivo. Os produtos que observaram a maior alta de preços foram: itens para cabelo (2,96%), sabonete (1,06%), itens para higiene bucal (2,79%). Os produtos que tiveram deflação no período, foram: absorvente (-2,61%), produtos para pele (-1,19%), desodorante (-1,02%), papel higiênico (-0,97%) e fraldas descartáveis (-0,55%).

No acumulado do ano até setembro, as 16 unidades da Federação pesquisadas pelo IPCA registraram inflação de alimentos no domicílio. O Rio registrou a terceira maior inflação (4,40%) e superior à média nacional (3,81%).

A categoria de artigos de limpeza registrou deflação no ano (-1,14%) no Rio, assim como na média nacional (-1,97%). Por outro lado, artigos de higiene pessoal acumularam a maior inflação nos supermercados fluminenses (5,11%), assim como na média brasileira (4,25%).

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