O Rio de Janeiro registrou a 5ª menor inflação na alimentação no domicílio – que concentra os alimentos e bebidas vendidos nos supermercados – com alta de 0,81%, inferior à média nacional (1,07%), subiu 0,81% no Rio de Janeiro. Foi o 5º mês consecutivo de inflação no setor, porém o segundo de desaceleração, segundo a consultoria econômica da Associação de Supermercados do Rio (Asserj), que analisou os dados do IBGE.
O comportamento no Rio se repete em São Paulo, como afirmou a Apas ontem, e no panorama nacional. À exceção do Mato Grosso do Sul (-0,15%), todas as 16 unidades da federação pesquisadas pelo IBGE registraram inflação de alimentação no domicílio em janeiro.
Para o presidente da Asserj, Fábio Queiróz, o setor vem reduzindo a pressão na inflação, mas ainda em níveis elevados, puxando o índice geral de preços.
A queda do dólar teve impacto direto nos preços no varejo alimentar e levou à primeira desaceleração da alta desde maio de 2024, segundo o Radar Scanntech. O preço médio dos produtos no canal alimentar avançou 5,8% em 12 meses, abaixo dos 7,6% registrados em dezembro/24.
A mercearia básica foi destaque, onde diversas categorias – como arroz, feijão e leite – apresentaram recuo nos preços em relação a dezembro. Apenas café e açúcar mantiveram a trajetória de alta.
Mesmo com crescimento nas vendas unitárias de 0,8%, o volume de produtos comercializados apresentou retração de 0,9%, com vendas de embalagens – em média – menores do que no ano passado. “A desaceleração do preço médio é algo que não víamos desde maio de 2024”, destaca Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech, startup usada por 90% dos maiores varejistas do canal alimentar e por mais de 400 das maiores indústrias. Ao todo, analisa dados de mais de R$ 1 trilhão do faturamento do varejo brasileiro em mais de 45 mil PDVs automaticamente.
Pesquisas erram de novo
As pesquisas de boca de urna no Equador indicavam a vitória do candidato à reeleição Daniel Noboa com 50,2% dos votos, 8 pontos percentuais (pp) à frente da postulante da esquerda, Luisa Gonzalez. Mesmo considerando a margem de erro de 2,8pp, Noboa sairia com boa vantagem, ainda que não vencesse no primeiro turno.
A realidade foi – mais uma vez mais, não só no Equador – indigesta para as empresas de pesquisa. Menos de 22 mil votos (precisamente, 21.430) separaram as votações obtidas por Noboa (44,17%) e Gonzalez (43,96%), isso com 99,54% das urnas apuradas e mais de 11 milhões de votantes.
Noboa fala a verdade
O presidente do Equador acusou irregularidades nas eleições. Nisso ele tem razão: a Constituição determina que o candidato à reeleição deve se afastar do cargo, o que Noboa não fez, com a complacência da Justiça.
Shoppings reduzem resíduos
A NIAD divulgou seu Relatório ESG 2024 que revela que as iniciativas sustentáveis realizadas nos shoppings administrados evitaram o envio de 2.600 toneladas de resíduos para aterros sanitários, prevenindo a liberação de mais de 709 mil toneladas de CO2 na atmosfera, 22% melhor que no ano anterior.