Supermercados e atacarejos focaram expansão no Sudeste em fevereiro

Pesquisa da CNC revela que varejistas estão cautelosos e menos otimistas com a economia

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Supermercado (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Supermercado (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

O canal alimentar passou a contar com 21 novas lojas pelo país em fevereiro. O dado faz parte de um levantamento exclusivo feito pelo Jornal Giro News, a partir de notícias veiculadas no jornal.

No Sudeste, que liderou a expansão na análise por região, bandeiras de supermercados, atacarejos e vizinhança ampliaram sua atuação em São Paulo (sete inaugurações), Minas Gerais (sete) e Rio de Janeiro (três). Além disso, as redes avançaram no Sul (três novas lojas) e no Centro-Oeste (uma).

As informações são do Jornal Giro News, segundo o qual “o Grupo Pão de Açúcar deu continuidade à expansão de sua bandeira de proximidade premium, o Minuto Pão de Açúcar, que estreou três pontos de venda no último mês. Outro destaque foi o Supermercados BH, com duas inaugurações. Por formato, os supermercados se destacaram, somando 11 aberturas”.

Já segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou queda, evidenciando o clima menos otimista no varejo diante de um cenário econômico mais desafiador. O levantamento registrou em fevereiro baixa de 2,1% na comparação com janeiro e de 5,4% em relação a fevereiro do ano anterior, atingindo 103,7 pontos. Ainda assim, o indicador segue acima do nível de satisfação (acima de 100 pontos).

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O resultado é reflexo da queda de quase todos os componentes analisados, com peso maior para “condições atuais da economia”, que caiu 6,5% na variação mensal e 18,7% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. O único subíndice em crescimento foi o de “intenções de investimento em estoque”, que subiu 0,1% nos dois cenários em retrospecto.

“A redução da confiança é coerente com o ambiente de juros elevados e de trajetória mais complexa do que no início de 2024. Esses fatores seguem impactando as decisões do empresariado e exigindo cautela na condução dos negócios nos próximos meses. É algo a ser acompanhado de perto, já que o otimismo do setor é essencial para impulsionar os investimentos e gerar crescimento para o País”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Contribuiu para o saldo negativo do Icec a retração de todos os segmentos observados, principalmente pelas lojas do varejo de supermercados, farmácias e lojas de cosméticos, com variação negativa mensal de 3,3%. Roupas, calçados, tecidos e acessórios recuaram 1,7%, enquanto o segmento de eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos tiveram uma queda de 2,7%.

“Os comerciantes têm sentido muito o impacto da Selic alta, com a tendência de novos aumentos. A prova disso é que na percepção atual do comércio, as atividades que englobam os bens de maior valor agregado (eletroeletrônicos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos) caíram 5,3% em relação a janeiro porque são eles os mais afetados pela evolução dos juros”, explica o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

Com informações do Jornal Giro News

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