A pesquisa Índices de Consumo em Supermercados (ICS) e Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apurados pela Alelo, empresa de benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), aponta crescimento dos gastos em supermercados e restaurantes de 21% e 15,5%, respectivamente, se comparados dezembro de 2023 e dezembro de 2024.
No caso dos supermercados, o acumulado do ICS, contrapondo-se ao desempenho acumulado de janeiro a dezembro de 2023 e de 2024, mostra que as transações em supermercados cresceram 12,6%, em volume (número real de transações), e 21% em valor (ou faturamento dos estabelecimentos). O valor médio por transação, por sua vez, encerrou o ano com um crescimento de 7,4% em relação à média do último mês de 2023. Em relação aos restaurantes, o ICR mostrou que esses locais registraram uma elevação acumulada de 5,8% no número de transações de janeiro a dezembro de 2024, além de uma alta de 15,5% no valor transacionado em dezembro de 2023 e no mesmo mês de 2024. O valor médio por transação cresceu 9,2% no ano.
Índice de Consumo em Supermercados (ICS)
Entre novembro e dezembro de 2024, os supermercados registraram queda de 2,5% no número de transações, em paralelo ao discreto aumento de 0,3% no valor transacionado. O valor médio por transação cresceu 2,9%.
Já em comparação ao mesmo período de 2023, os resultados de dezembro apresentaram um crescimento de 5,8% no número de transações efetivadas no segmento, em paralelo ao aumento de 12,4% no valor transacionado. O valor médio por transação exibiu uma elevação de 6,3% entre os períodos mencionados.
Comparando-se o desempenho acumulado de 2023 e de 2024, as transações em supermercados cresceram 12,6%, em volume (número de transações), e 21%, em valor (ou faturamento dos estabelecimentos). O valor médio por transação, por sua vez, encerrou o ano com alta de 7,4% em relação à média de 2023.
De acordo com os resultados mais recentes do IPCA/IBGE, os preços da alimentação no domicílio registraram inflação de 1,2% em dezembro/2024. Em relação ao mesmo mês de 2023 (isto é, em 12 meses), o subgrupo alimentação em domicílio acumulou um aumento médio de 8,2% nos preços ao consumidor.
Na comparação entre novembro e dezembro de 2024, houve retração de 3,9% no número de transações efetivadas em restaurantes. Em paralelo, o valor transacionado nesses estabelecimentos apresentou queda similar (-3,2%), contrastando com o valor médio por transação, que cresceu 0,7% no contexto mensal.
Ao se comparar o desempenho em dezembro de 2023 e o último mês de 2024, entretanto, o segmento ainda sustenta um crescimento de 4,3% no número de transações efetivadas, além de uma alta de 14,9% no valor das vendas. Esse resultado se deveu, em larga medida, ao incremento de 10,1% no valor médio por transação.
Com referência ao balanço de 2024, os restaurantes registraram uma elevação acumulada de 5,8% no número de transações, além de uma alta de 15,5% no valor transacionado. O valor médio por transação cresceu 9,2% no ano.
Segundo o IPCA/IBGE, os itens de alimentação fora de domicílio (que incluem refeições em restaurantes) apresentaram inflação de 1,2% em dezembro. Em 12 meses, os preços do subgrupo avançaram, em média, 4,9%.
Cartão refeição e alimentação
Após dois meses de alta consecutiva, o número de transações com benefício alimentação em supermercados, medido pelo Índice de Consumo em Supermercados (ICS) registrou queda de 2,5% no comparativo de consumo entre novembro e dezembro de 2024. Porém, se aferirmos dezembro de 2024 e 2023, observa-se alta de 5,8% e, no acumulado entre janeiro e dezembro de 2024, crescimento de 12,6% nessa modalidade de consumo.
O Índice de Consumo em Restaurantes (ICR) também registrou queda de 3,9% entre novembro e dezembro de 2024. Porém, houve crescimento de 4,3% no comparativo entre dezembro deste ano e do ano passado, além de alta de 5,8% no acumulado entre janeiro e dezembro de 2024.
Embora os resultados mensais tenham exibido retração do consumo entre novembro e dezembro de 2024, cessando a sequência de crescimento iniciada em outubro, é provável que o efeito do calendário de dezembro (Natal e Reveillon) tenha contribuído negativamente para o movimento no varejo alimentício e também em bares e restaurantes, uma vez que isso implica uma redução importante no número de dias úteis, especialmente na última quinzena do mês (muitos estabelecimentos em regiões que concentram postos de trabalho e elevado fluxo de trabalhadores, inclusive, entram em recesso durante esse período). Tal redução, aliada aos deslocamentos comuns das famílias no período, tendem a reduzir os gastos em categorias mais rotineiras, entre as quais justamente os supermercados, bares e restaurantes.
Entretanto, analisando-se os resultados entre dezembro de 2023 e 2024, assim como o acumulado anual entre os dois anos, é inegável reconhecer que os dois segmentos encerraram 2024 com uma situação econômica muito mais favorável, que pode ser atribuída ao crescimento econômico e indicadores favoráveis no mercado de trabalho, ainda considerando-se o patamar historicamente baixo da taxa de desocupação, de 6,1%, de acordo com a medição da Pnad Contínua e tido como o menor da história, e a melhora na remuneração do trabalho, também mensurado pela Pnad e com valor médio de R$ 3.279,00, atingidos em outubro de 2024.