Supermercados registraram ruptura de 15,3% em janeiro

Ausência de produtos nas gôndolas chegou a 13,8% em dezembro e 15,3% no primeiro mês do ano

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Carrinho no supermercado (Foto: arquivo)
Carrinho no supermercado (Foto: arquivo)

O Índice de Ruptura da Neogrid, indicador que mede a ausência de produtos nas gôndolas dos supermercados brasileiros, chegou a 13,8% em dezembro de 2023 e 15,3% em janeiro de 2024. O número, apontado pelo ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo, segue a média do mesmo período dos anos anteriores.

De acordo com o estudo, o produto com menor disponibilidade nas gôndolas no período foi o ovo, com 20,6% de ruptura nos dois meses, ante uma média de 14% em dezembro de 2022 e janeiro de 2023. A falta do item nas prateleiras ocorreu mesmo com o aumento de 3,7% no preço do produto em janeiro ante dezembro, conforme levantamento feito pela Horus – marca Neogrid que analisa dados de consumo incluindo preços, produtos, marcas, categorias, volume e presença no ponto de venda.

Apesar do aumento de preço registrado neste janeiro, desde agosto de 2023 o preço dos ovos vem caindo, contribuindo para a ruptura ao longo dos últimos seis meses.

O ano de 2023 foi considerado o ano mais quente da série histórica no Brasil, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A temperatura ficou 0,69°C acima da média entre os anos de 1991/2020. Para 2024, a perspectiva é de que permaneça alta pelo menos até abril em razão do fenômeno climático El Niño. A partir de outubro de 2023, a temperatura média ultrapassou os 26°C e, desde então, é possível notar no levantamento da Neogrid uma crescente ruptura dos refrigerantes que atingiu 14,3% em janeiro de 2024 – quase 6% a mais do que no mesmo mês do ano passado. De acordo com a Horus, a elevação do preço médio por litro do produto foi de 8,8% em janeiro em relação ao valor praticado em dezembro, fazendo o litro do refrigerante custar, em média, R$ 6,66.

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Já a 13ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo aponta queda anual de 1,7% do volume de vendas do varejo. O estudo, que apresenta dados mensais de movimentação varejistas, é uma iniciativa da Stone em parceria com o Instituto Propague.

O levantamento tem como base a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve, que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos EUA. São consideradas as operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo. O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos, médios e grandes varejistas e divulgar um retrato do setor nacional.

Na análise por segmentos, o relatório indicou que quatro deles registraram uma queda anual significativa, com o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo liderando as estatísticas, com uma baixa de 4,8%, seguido por móveis e eletrodomésticos (4,0%), tecidos, vestuário e calçados (3,7%) e material de construção (2,5%). Apenas outros dois registraram alta, impulsionado pela volta às aulas, o setor de livros, jornais, revistas e papelaria lidera com alta de 3,5%, seguido por artigos farmacêuticos, com 1,0%.

Apenas seis estados se destacam com resultados positivos no mês, no comparativo ano contra ano: Piauí (5,6%), Maranhão (5,4%), Mato Grosso (1,9%), Rondônia (0,7%),Mato Grosso do Sul (0,4%) e Tocantins (0,4%). Com relação às quedas, diversos estados apresentaram baixas no mês. Os destaques negativos nas regiões Norte e Nordeste foram: Alagoas (12,2%), Roraima (9,8%) e Pernambuco (5,8%). Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste foram: São Paulo (4,5%), Espírito Santo (4,3%) e Santa Catarina (3,9%).

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