Suspensão de pousos e decolagens simultâneas não afetará passageiros em Brasília

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A determinação do Comando da Aeronáutica, de suspender os procedimentos de pousos e decolagens simultâneas no aeroporto de Brasília, não afetará a rotina dos passageiros, apesar de reduzir a capacidade máxima de operações, que passou de 80 para 60 pousos ou decolagens a cada hora.
A medida preventiva foi adotada após a ocorrência de dois incidentes ocorridos no intervalo de oito dias, durante procedimentos de decolagens de aeronaves. O primeiro, no dia 23 de fevereiro, envolveu um avião da Polícia Federal (PR-BSI) e um da Força Aérea (FAB 2582). Mais recentemente, no dia 2 de março, por volta das 10h, outro incidente ocorreu durante a decolagem simultânea de duas aeronaves comerciais: uma da Avianca (voo ONE 6291) e outra da Gol Linhas Aéreas (voo GLO1402).
De acordo com o Comando da Aeronáutica, o avião da Gol com destino a Palmas decolou da pista da esquerda e deveria manter a reta após a decolagem. No entanto, segundo a autoridade aeroportuária, a aeronave fez curva à direita, o que poderia colocá-la em risco de choque com o outro avião. “Ao perceber a situação, o controlador de tráfego aéreo imediatamente emitiu as instruções necessárias para garantir a segurança dos voos”, informou, em nota, o Comando Aéreo que, preventivamente, decidiu suspender as decolagens simultâneas no aeroporto “enquanto a investigação do incidente estiver em andamento”.
Segundo a empresa concessionária do terminal, a Inframerica, nenhum impacto será percebido pelos passageiros porque o aeroporto não tem ainda demanda para 80 pousos ou decolagens a cada hora. De acordo com a assessoria da concessionária, poucas operações de pousos e decolagens simultâneos são feitos diariamente. Além disso,  nos horários de pico mal se atinge a marca de 60 operações por hora. Portanto, a expectativa é que não haja nem atrasos de voos nem prejuízos financeiros para a empresa, em decorrência da determinação do Comando Aéreo.
Tanto a Gol quanto a Avianca divulgaram hoje notas nas quais informam estar apurando o ocorrido. Segundo a Gol, “em nenhum momento houve risco para as aeronaves”. A Agência Brasil entrou em contato com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) para saber se o órgão já foi notificado desses incidentes e obter detalhes sobre os procedimentos a serem adotados. No entanto, não obteve resposta até a publicação deste texto.

Agência Brasil

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