Os afegãos terão suas próprias regras, seguindo os valores do Talibã. Dessa forma um porta-voz do grupo fundamentalista definiu como agirá o novo governo. “Nós temos o direito de agir segundo nossos princípios religiosos, outros países têm regras e abordagens diferentes, e os afegãos têm o direito de ter as próprias regras de acordo com nossos valores”, destacou Zabihullah Mujahid, de acordo com o site Opera Mundi.
O porta-voz ressaltou que o grupo não quer “ter problemas” com a comunidade internacional, declarando que os direitos das mulheres também serão assegurados sob a Sharia, a lei islâmica. Mujahid classificou a atuação do Talibã como “libertação” do Afeganistão, sendo motivo de “orgulho para toda a nação”. Em menos de uma semana, o grupo islâmico retomou o controle do País, após 20 anos de ocupação norte-americana (2001–2021) e 10 de guerra contra os russos (1979–1989).
Pesquisa realizada pelo The Trafalgar Group revela que 69% dos norte-americanos desaprovam a decisão do presidente Joe Biden de retirar as tropas do Afeganistão; apenas 23% aprovam. Entre os democratas, 48% desaprovam a maneira como o governante lida com a situação, enquanto 40% a avaliam como positiva. Entre republicanos, 89% rejeitam a gestão, e apenas 7% estão satisfeitos.
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