Tarcísio já enfrenta várias greves

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Trem da CPTM (Foto: Governo SP)
Trem da CPTM (Foto: Governo SP)

Greve de 24 horas no dia 3 de outubro. Essa é a decisão dos trabalhadores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A paralisação unificada é uma tentativa de barrar o plano do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de privatizar os serviços essenciais. A expectativa é que trabalhadores da Sabesp também se unam à greve.

Os trabalhadores do Metrô decidiram pela paralisação em assembleia no Sindicato dos Metroviários de São Paulo nessa quarta-feira. Anteriormente, na terça, o Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, que representa os trabalhadores das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, também aprovaram greve no dia 3.

O Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil (SindCentral), que representa os trabalhadores das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade também pararam. Os trabalhadores entraram em estado de greve no início do mês. “Os trabalhadores estão dando um basta nesse processo pernicioso”, afirmam os ferroviários, em nota.

A categoria alega que a população sofre com a péssima qualidade dos serviços nas linhas que já foram concedidas à iniciativa privada – 8-Diamante e 9-Esmeralda – e que o governo Tarcísio se nega a dialogar com a categoria.

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“A greve foi o caminho para denunciar esse processo de desmantelamento do transporte público”.

A presidenta do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, explica que a greve é evitar que o transporte sobre trilhos em São Paulo se transforme em uma “Via Calamidade”, em referência à ViaMobilidade, que além das linhas 8 e 9 da CPTM, também administra a linha 5-Lilás, do Metrô, e a linha 17-Ouro, do Monotrilho.

Além da greve de 24 horas, os ferroviários e metroviários também vão estender por mais um mês, até o dia 5 de novembro, o Plebiscito Popular contra as privatizações da CPTM, do Metro e da Sabesp.

Na próxima semana, o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema) vão realizar assembleia e a tendência é a adesão à greve do dia 3. Além disso, o sindicato alertou que, na última segunda-feira, o Conselho de Desestatização do Estado de São Paulo autorizou, entre outras medidas, que a Sabesp contrate bancos para coordenar a futura oferta pública de ações em caso de privatização da empresa. Ao contrário do transporte sobre trilhos, a Sabesp é uma empresa lucrativa, o que derruba outro argumento dos defensores da privatização.

Paralisação na USP

Os alunos da Universidade de São Paulo (USP) entraram em greve nesta quinta-feira. Eles demandam que a reitoria implemente um plano para contratar professores efetivos. Esta é uma resposta ao cancelamento de disciplinas e à ameaça de suspensão de cursos completos devido à escassez no corpo de docentes. A crise na instituição se dá em meio ao governo privatista e bolsonarista de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A necessidade de reposição do corpo docente decorre de aposentadorias e falecimentos. Fato que causou uma queda no número de professores, de 5.934 para 4.892 nos últimos nove anos, de acordo com dados apresentados no anuário da instituição. A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) é uma das mais afetadas por essa situação.

Alunos da Poli e do Largo São Francisco se reunirão nesta segunda-feira para decidir sobre a possível adesão à greve. A Faculdade de Medicina decidiu que não interromperá suas atividades. Contudo, emitiu uma declaração de apoio às mobilizações.

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