Tarde e noite são os horários preferidos para 73% irem ao mercado

Brasileiros também intensificam consumo de proteínas de origem animal, com crescimento de 26% em relação a 2023; classes D/E têm mais acesso a essa cesta

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Compra no supermercado (Foto: ABr/arquivo)
Compra no supermercado (Foto: ABr/arquivo)

Segundo pesquisa da Alelo, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) no levantamento “Perfil dos Gastos com Mercado por Período e Horário” de agosto, as transações em dias úteis estão concentrados nas tardes (entre 12h e 18h) e à noite (entre 18h e 0h), com 42% e 31% das compras nesses períodos, respectivamente. Apenas 27% dos trabalhadores usam as manhãs (das 6h às 12h) para essas atividades.

Em dias úteis, há uma concentração em dois momentos do dia: em torno de 12h (7,2% das transações) e, especialmente, por volta das 18h (12,2%). Somado o pico de transações por horário, o período entre 16h e 19h, durante a semana, concentra 39,8% das transações com benefício alimentação em supermercados.

Já aos fins de semana, 39% das transações via benefício alimentação ocorrem pela manhã, sendo uma concentração entre 10h e 12h; acompanhada de uma estabilização em um patamar mais distribuído no decorrer do período vespertino (variando entre 5,8% e 7%), mas ainda, importante em volume, com 43% distribuídos ao longo da tarde. A partir das 18h, as transações passam a declinar independentemente do recorte selecionado.

Em se tratando da quantidade de vezes em que o benefício alimentação é utilizado durante a semana, o período da tarde também lidera (42%, em média) em número de transações de segunda a sábado, sendo que, aos domingos, o trabalhador prefere ir ao supermercado nas manhãs (50%).

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Segundo o estudo, em comparação aos dias úteis, há uma proporção relativamente menor de transações efetivadas no período noturno nos fins de semana – comportamento que pode ser explicado porque as famílias preferem (ou podem) antecipar suas compras para as manhãs livres no final de semana; o período noturno é usualmente direcionado para outras atividades, inclusive descanso; e/ou os horários dos estabelecimentos são mais restritos aos sábados e os domingos.

Já de acordo com estudo da Kantar, os brasileiros estão comendo mais proteínas de origem animal: no primeiro semestre deste ano os lares brasileiros consumiram, em média, 54 kg desses alimentos, um crescimento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o levantamento, esse avanço se deve especialmente à estabilização dos preços. O brasileiro faz hoje, em média, quatro compras de proteínas por mês, uma missão a mais do que fazia em 2023. A maior concentração ainda é de aves, bovinos e suínos, que representam 64% do volume consumido no país.

Atualmente, as proteínas de origem animal são consumidas semanalmente por mais de 93% dos brasileiros, sendo as carnes bovinas responsáveis por quase 33,8% das ocasiões de uso dessa cesta. O consumo de carne bovina vem apresentando constância desde 2022, quando representava 34,2% dos momentos de consumo. Já a suína registrou avanço de 1,8 pontos percentuais em ocasiões de uso no último ano e 3,2% em penetração semanal, atingindo, hoje, 8,2% do share da cesta de proteínas.

Outro dado é que as classes DE vêm tendo mais acesso a cortes de maior valor agregado e incorporaram novos cortes à sua rotina de alimentação.

O acém é o corte mais consumido de forma praticamente generalizada pelo Brasil, com maior importância na Grande São Paulo e no Grande Rio. A maior parte das compras de carnes é feita em supermercados (20,7% do volume), com tíquete médio de R$ 50,59, pequeno varejo (30,2%), com tíquete médio de R$ 51,42, varejo tradicional (21,1%) e tíquete médio R$ 43,3. O açougue é responsável por 7,7% do volume consumido nos lares, mas com maior desembolso R$ 66,85.

A Kantar também investigou quais são os pratos mais preparados pelos brasileiros com carnes. São, nesta ordem: carne assada ou cozida (42,6%), bife (41,4%), carne de sol (4,7%). O momento de churrasco também vem crescendo, com mais de 40 milhões de ocasiões por ano.

O estudo reuniu 11.300 domicílios de todas as regiões e classes sociais do país, representando 60 milhões de lares.

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