De acordo com o Relatório de Fraude de Identidade 2024 da Veriff, os índices de fraude aumentaram em alarmantes 20% em 2023, em comparação com o ano anterior. O tipo mais comum de fraude, a falsificação de identidade (utilização de documento alheio ou presença falsa de pessoa ou documento) representou a esmagadora maioria das tentativas, totalizando 85%, seguido pela fraude documental (utilização de documentos de identidade falsificados ou alterados) com 13,7%.
Além disso, uma nova tendência preocupante está surgindo: a “fraude autorizada”, que teve um aumento dramático de 40% no último trimestre, em que os usuários são induzidos a realizarem uma sessão de verificação de identidade (IDV), em que um fraudador finge ser alguém de um banco, por exemplo, para convencer a vítima a passar pelo IDV para obter informações financeiras das pessoas e, posteriormente, roubá-las.
Setores-chave enfrentam um aumento alarmante desse tipo de crime, com destaque para plataformas de pagamentos, videogames e e-commerce, que viram aumentos de 54%, 47% e 40%, respectivamente. Por outro lado, fintechs, neobancos e plataformas de criptomoedas testemunharam um declínio na fraude.
Ainda segundo o relatório, as ameaças não conhecem fronteiras, embora os tipos de fraude e os documentos utilizados em ataques sejam diferentes de região para região, com tentativas de fraude sendo mais comuns na América Latina e na América do Norte. Especificamente na América Latina, 81% das fraudes de identidade são cometidas com documentos de identidade, enquanto na América do Norte, os fraudadores usam principalmente carteiras de motorista (67%), já que este é o documento mais usado na região.
Com o avanço da tecnologia, novos perigos também estão surgindo, como deepfakes e a combinação de IA generativa com violações de dados em massa, representando um risco crescente de fraude para as empresas.
De acordo com o Forrester Service Impact Report, as organizações entrevistadas sobre o impacto da Veriff nos seus negócios afirmaram ter tido um retorno do investimento de 195% em três anos; uma redução de 20% no risco de fraude, o que representa uma economia de US$ 7,4 milhões em três anos; e 8 minutos economizados em cada sessão de verificação de identidade.
Já o estudo “Fraudes e Desperdícios em Saúde Suplementar”, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess), estima um impacto de fraudes e desperdícios no setor de cerca R$ 30 bilhões a R$ 34 bilhões, em 2022. Esse impacto agrava o cenário já crítico pelo qual vem passando as operadoras do setor, com consecutivos resultados operacionais negativos. Só em 2023 o mercado registrou um prejuízo operacional de R$ 6,4 bilhões até o terceiro trimestre. De 2018 a 2023, as associadas à Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) registraram 4.579 notícias-crime e ações cíveis relacionadas a fraudes, com crescimento expressivo ano a ano.