Taxas de juros têm a sétima redução consecutiva, diz Anefac

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As taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas em junho de 2017, sendo esta a sétima redução consecutiva e oitava redução em dois anos. De acordo com Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), este resultado pode ser atribuído à expectativa de novas reduções da taxa básica de juros (Selic) frente à redução da inflação.

Das seis linhas de crédito pesquisadas, duas tiveram suas taxas de juros elevadas no mês (cartão de crédito rotativo e cheque especial) e quatro tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês (juros do comércio, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras).

A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,01 ponto percentual no mês (0,27 ponto percentual no ano) correspondente a uma redução de 0,13% no mês (0,19% em 12 meses) passando a mesma de 7,65% ao mês (142,20% ao ano) em maio de 2017 para 7,64% ao mês (141,93% ao ano) em junho de 2017 sendo esta a menor taxa de juros desde dezembro de 2015.

A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma redução de 0,03 ponto percentual no mês (0,58 ponto percentual no ano) correspondente a uma redução de 0,66% no mês (0,83% em 12 meses) passando a mesma de 4,53% ao mês (70,17% ao ano) em maio de 2016 para 4,50% ao mês (69,59% ao ano) em junho de 2017, sendo esta a menor taxa de juros desde fevereiro de 2016.

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Considerando todas as elevações e reduções da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, tivemos neste período (março de 2013 a junho de 2017) uma elevação da Selic de 3,00 pontos percentuais (elevação de 41,38%) de 7,25% ao ano em março de 2013 para 10,25% ao ano em junho de 2017.

Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 53,96 pontos percentuais (elevação de 61,34%) de 87,97% ao ano em março de 2013 para 141,93% ao ano em junho de 2017.

Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma elevação de 26,01 pontos percentuais (elevação de 59,68%) de 43,58% ao ano em março de 2013 para 69,59% ao ano em junho de 2017.

A partir de outubro de 2016 o Banco Central começou a flexibilizar sua política monetária com a redução da taxa básica de juros (Selic). Tendo em vista a melhora das expectativas quanto á redução da inflação bem como na melhora fiscal deveremos ter novas reduções da taxa básica de juros o que reduz o custo de captação dos bancos possibilitando novas reduções das taxas de juros nas operações de crédito.

– Entretanto, considerando-se o cenário econômico atual que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência por conta da recessão econômica em curso, bem como o desemprego elevado, isto aumenta igualmente o risco de novas elevações das taxas de juros aos consumidores sejam pessoa física ou jurídica – pontua Miguel.

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