TCU está mais alinhado com os sindicatos de petroleiros

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Tribunal de Contas da União, TCU (foto Senado Federal)
Tribunal de Contas da União, TCU (foto Senado Federal)

A sessão plenária do Tribunal de Contas da União (TCU) de quarta-feira (4) apresentou os riscos de desabastecimento do mercado brasileiro, sobretudo de mercados regionais, a partir da venda das refinarias da Petrobras.

Isso “confirma o que a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Sindipetros afiliados vêm apontando desde a assinatura do duvidoso Termo de Compromisso de Cessação (TCC) assinado entre a estatal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”. Para o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, análise técnica do órgão de controle vai confirmando o que estudos já vêm apontando há quase dois anos.

Na opinião dele, além da falta de gás de cozinha, gasolina e óleo diesel, a privatização dessas unidades vai gerar ainda mais aumentos dos preços do que já estão ocorrendo, devido à equivocada política de reajustes da gestão da Petrobras, baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI).

“Com o relatório do ministro Walton Alencar Rodrigues, do TCU, que ‘verificou haver risco ao desenvolvimento e à reorganização do mercado de refino de petróleo no Brasil’, o órgão de controle parece, enfim, constatar que a venda das refinarias não irá nem aumentar a concorrência, nem garantir preços mais baixos. Tal narrativa é mentirosa e vem sendo alimentada por uma visão rentista tanto da gestão da Petrobras como do governo de Jair Bolsonaro”, citou Bacelar.

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A FUP espera, portanto, que a decisão do TCU leve à revisão da política de privatização das refinarias. E considera positivo o fato de o parecer do tribunal ter sido divulgado antes de qualquer venda dessas plantas ter sido concluída.

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