Tecnologias de mediação digital estão no radar dos escritórios de advocacia

50
Robô de Inteligência Artificial generativa. Foto: divulgação
Inteligência Artificial (foto divulgação)

O judiciário brasileiro acumula mais de 80 milhões de processos em tramitação, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Foi considerando esse volume de processos que a Preâmbulo Tech –uma espécie de facilitadora para transformação digital na área jurídica — investiu na startup Acordo Fechado, especializada em mediação de conflitos por meio digital, para atender escritórios de advocacia e departamentos jurídicos.

As plataformas de ODR (Online Dispute Resolution) prometem reduzir o tempo e o custo das disputas. “Há tempos estávamos buscando soluções que auxiliassem nossos clientes a encurtar o prazo de duração de um processo judicial”, relata Marcos Lessa, CEO da Preâmbulo Tech. Segundo ele, a Acordo Fechado surgiu como a plataforma mais madura do mercado. “Investimos porque é a melhor solução de autonegociação para o setor jurídico, especialmente na automatização de negociações.”

Lessa destaca que a automação deixou de ser um diferencial para se tornar uma condição mínima de competitividade. “O advogado está assumindo um papel mais estratégico, e isso só é possível quando ele consegue delegar tarefas operacionais para sistemas inteligentes.”

Alternativas As ferramentas usadas pela Acordo Fechado permitem que advogados atuem diretamente na negociação de acordos com uso de Inteligência Artificial (IA), automação de comunicações e geração de documentos com assinatura eletrônica. O diferencial, aponta Lessa, é a integração da plataforma com os sistemas de gestão jurídica (ERPs) já utilizados pelos escritórios.

Espaço Publicitáriocnseg

“Os escritórios que atendem grandes carteiras passivas podem incorporar todas as funcionalidades da plataforma de acordos nas rotinas de trabalho já configuradas nos ERPs”, explica o CEO.

Parcerias

Para Rafael Silva, CEO da Acordo Fechado, o alinhamento entre as duas empresas vai além da integração tecnológica. “Nosso propósito é escalar a realização de acordos no segmento jurídico por meio de tecnologia e automação. A parceria com a Preâmbulo nos conecta diretamente a milhares de advogados que já operam dentro do ecossistema deles”, afirma.

A plataforma já foi adotada por dezenas de novos escritórios. A startup também lançou, com apoio da Preâmbulo, o Jarvis, uma IA que executa cálculos judiciais complexos e vem sendo usada por diversos departamentos jurídicos.

“O Jarvis aumenta em até 10 vezes a capacidade de produção dos escritórios e elimina erros humanos”, diz Silva. Segundo ele, a demanda por automação é cada vez mais pragmática: menos sobre inovação de imagem e mais sobre viabilidade operacional.

Siga o canal \"Monitor Mercantil\" no WhatsApp:cnseg

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui