Temer e Moreira são presos

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O ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) e o ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, foram presos nesta manhã pela força-tarefa da Lava Jato. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro.

A Polícia Federal cumpre mandados contra mais seis pessoas, entre elas empresários.

A prisão aconteceu em São Paulo e o ex-presidente foi levado para o aeroporto internacional de Guarulhos, de onde segue para o Rio de Janeiro.

No Rio, fará exame de corpo delito e será encaminhado para a sede da instituição.

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Segundo o portal G1, "Temer responde a 10 inquéritos, cinco tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos à época em que o era presidente da República e foram encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o cargo. Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Por isso, assim que deu a autorização, o ministro enviou os inquéritos para a primeira instância."

Em nota, "o MDB lamenta a postura açodada da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte de Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa."

Segundo o G1, Temer falou por telefone ao jornalista Kennedy Alencar, da CBN, no momento em que havia sido preso. O ex-presidente afirmou que a prisão "é uma barbaridade".

 

PGR defende que Temer, Padilha e Moreira sejam investigados juntos

Em janeiro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que Temer, Moreira Franco e o também ex-ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, fossem investigados de forma conjunta no inquérito sobre o suposto recebimento de propina da empreiteira Odebrecht.

Em outubro do ano passado, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, determinou a suspensão do inquérito aberto contra Temer até o fim do mandato, que se encerrou no dia 1º de janeiro.

Fachin, no entanto, determinou que a parte da investigação que envolve os ex-ministros fosse encaminhada à Justiça Eleitoral de São Paulo.

aquel Dodge afirmou que, com o fim do mandato de Temer, as acusações imputadas contra os três acusados são conexas e devem ser julgadas conjuntamente em uma única instância. O Supremo ainda vai julgar definitivamente em qual tribunal o caso vai tramitar.

Conforme delação premiada de seis ex-executivos da Odebrecht, um pagamento de R$ 10 milhões para caixa dois da campanha de Paulo Skaf (MDB) ao governo de São Paulo em 2014 teria sido acertado em um jantar no Palácio do Jaburu quando Temer era vice-presidente, em maio daquele ano.

Teriam participado do encontro o ex-presidente executivo da empresa, Marcelo Odebrecht, e Padilha, que à época era ministro da Aviação Civil. Segundo a Polícia Federal, R$ 1,4 milhão teriam sido recebidos por Temer por meio de intermediários.

Em outubro do ano passado, o advogado Daniel Gerber, que representa Padilha, disse que jamais houve qualquer ato de corrupção imputado ao ex-ministro. A época de divulgação do relatório da PF, o Palácio do Planalto disse por meio de nota que as conclusões do delegado responsável eram "um atentado à lógica e à cronologia dos fatos".

 

Com informações da Agência Brasil e do G1

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