Os investidores e os profissionais de mercado têm um papel fundamental no sentido de que as empresas abertas mantenham a transparência na hora de divulgar informações. A opinião foi manifestada ontem pelo economista Lélio Lauretti durante palestra promovida pela Associação Brasileira das Empresas de Capital Aberto (Abrasca) no auditório da Bolsa de São Paulo. Citou como exemplo a publicação, nos Estados Unidos, de relatórios anuais até por entidades não obrigadas a fazê-lo legalmente, mas que tiveram de atender às exigências da comunidade. Um dos casos ocorreu em uma entidade religiosa, cujo relatório mostrava com detalhes os gastos de US$ 75 mil por ano só com o pastor.
Agilidade
Após denúncia, feita por esta coluna, de morosidade na concessão de benefícios, o INSS informa que será implementado nas regiões metropolitanas do Rio e São Paulo o Sistema de Benefícios por Incapacidade (Sabi). Permitirá que as consultas sejam marcadas pelo PrevFone (0800-780191) e, a partir de março, quem entrar com pedido de auxílio doença ou aposentadoria por invalidez poderá sair da perícia já com aprovação. Os médicos perito, após examinar o segurado, vão consultar on line os terminais da Dataprev e poderão conceder o benefício no ato. Só resta esperar o mês que vem e conferir.
A feira é nossa
A Associação Comercial de Ipanema e Adjacências (Acipanema) entrou na briga para manter a Feira Hipppie na Praça General Osório. “Somos a favor de qualquer projeto da prefeitura de reurbanização e melhoria da praça e do Jardim de Alah, que já chega tarde, pois nos três anos anteriores o atual governo não tem atendido nenhuma das reivindicações da comunidade. Contudo seremos intransigentes na defesa deste patrimônio cultural, social e de emprego do bairro que é a Feira Hippie”, afirmou o publicitário Carlos Monjardim, diretor Administrativo e de Marketing da Acipanema. A Associação dos Moradores do Leblon também não concorda com a mudança da feira para o Jardim de Alah. A Câmara Comunitária de Ipanema, em nome dos moradores, também quer a permanência da feira no bairro.
Mídia
O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) vai gastar R$ 107 milhões em campanha publicitária em rádios, TV e outdoor para denunciar o que consideram quebra de promessa do Governo do Estado. O sindicato acusa o governador Anthony Garotinho de não incorporar gratificações ao salário e excluir aposentados de um novo abono criado pelo atual governo. Professores e outros profissionais da educação estaduais aprovaram greve de advertência nos dias 22, 23 e 24 próximos.
Controle de qualidade
Não foi a assessoria da Telemar que considerou “normal” a espera de 40 minutos quarta-feira pelo atendimento do serviço de informação 102, mas sim uma funcionária, cujo nome não foi anotado pela fonte desta coluna. Na verdade, a assessoria da empresa negou que o sistema estivesse com defeito, como informara uma atendente do 102 e gravação da própria empresa. A assessoria somente soube do defeito, quando foi perguntada a respeito. Ou seja, pelo padrão Telemar esperas de 40 minutos já estão incorporadas à rotina dos assinantes.
Não aprendeu
As razões que provocaram o levante cívico-militar que derrubou o então presidente do Equador, Jamil Mahuad, estão longe de terem sido removidas. Pesquisa realizada pelo Instituto Cedatos este mês revela que 73% dos equatorianos são contrários à dolarização da economia que o novo presidente, Gustavo Noboa, insiste em levar adiante e de forma ainda mais profunda que a intentada por Mahuad.
Carestia
O Conselho Diretor da Asep se reúne amanhã para discutir reivindicação da concessionária que opera o metrô, que, no início do mês, teve negado pedido para aumentar em 23% o preço da passagem, que passaria para R$ 1,23. Na ocasião, a Asep manteve a tarifa em R$ 1 por 90 dias para examinar melhor a questão. Além disso, solicitou à empresa o estudo da volta dos bilhetes múltiplos com descontos promocionais e um maior número de linhas de ônibus integradas ao metrô.
Último a saber
O coordenador do curso de Jornalismo da UFRJ, Eduardo Refkalefsky, contesta a informação publicada pelo ministro da Educação, Paulo Renato, em diversos artigos na imprensa, de que o MEC enviou os resultados das avaliações dos cursos, com os relatórios completos, para as faculdades no fim do ano. O coordenador garante que isso não passa de história virtual: as faculdades, segundo ele, não receberam nada até agora, nem o relatório de conclusões, a cargo da comissão nomeada pelo MEC.