Títulos de curto prazo têm as melhores rentabilidades em outubro

Há desinteresse dos investidores em títulos de longo prazo, diz economista

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Gráfico econômico-financeiro no notebook / Escrituração Contábil Digital
Gráfico econômico-financeiro no notebook (foto Pxfuel, CC)

Os títulos públicos marcados a mercado registraram retorno de 0,30% em outubro, de acordo com o desempenho do IMA Geral, índice de mercado da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Foi o quarto mês consecutivo que as carteiras de menor prazo tiveram os melhores desempenhos.

A marcação a mercado (MaM) é a atualização, geralmente diária, do preço de um ativo de renda fixa ou fundo de investimento. Ela permite que você saiba quanto ganharia caso vendesse o título ou a cota naquele momento, de acordo com explicação do Banco Modal.

“O resultado dos últimos meses reflete o desinteresse dos investidores em títulos de longo prazo, ocasionado, principalmente, pelas incertezas do mercado relacionadas à inflação e às questões fiscais. Recentemente, o aumento dos juros norte-americanos e o cenário inflacionário dos Estados Unidos também contribuíram com as dúvidas em relação à economia do Brasil”, comentou Marcelo Cidade, economista da associação.

Em outubro, o destaque ficou com dois subíndices que registraram 0,96% de rentabilidade: o IMA-S, que acompanha as letras financeiras com vencimento de um dia, e o IRF-M 1, que reflete os prefixados de até um ano. Essa é a terceira vez consecutiva que o IMA-S apresenta o melhor desempenho mensal. Já os prefixados com vencimento acima de um ano, refletidos no IRF-M 1+, avançaram 0,12% no período. Enquanto isso as NTN-Bs (títulos indexados à inflação) de longo e de curto prazo recuaram em outubro: o IMA-B-5, de prazo até cinco anos, teve perda de 0,31%, e o IMA-B 5+, de maior prazo, 0,98%. Títulos corporativos As debêntures marcadas a mercado avançaram 0,57% em outubro, segundo o IDA Geral, índice de debêntures da Anbima. O destaque dentre os títulos corporativos foi para os papéis indexados à taxa DI (IDA-DI), que valorizaram 1,26% no mês. As debêntures incentivadas, refletidas na carteira do IDA-IPCA infraestrutura, recuaram 0,51%, e o IDA-ex infraestrutura, que acompanha os títulos sem benefício fiscal, apresentou queda de 0,67%.

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