Títulos públicos de longo prazo têm as maiores rentabilidades em 2019

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O IMA-Geral, índice que reflete o desempenho dos títulos federais, apresentou variação de 13% em 2019 contra 10% registrado no ano anterior, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Com a queda da taxa de juros, o retorno do indicador foi 215% do DI, o maior resultado nos últimos 10 anos.

Os títulos públicos de longo prazo, indexados ao IPCA, registraram os melhores dos últimos anos. O IMA-B, índice que reflete as NTN-Bs, apresentou variação de 23% no ano passado, o que é equivalente a 385% do DI. O IMA-B 5+, que tem papéis com prazo igual ou superior a cinco anos, fechou o ano com ganhos de 30,4%, quase o dobro na comparação com o resultado de 2018 (15,4%). O IMA-B 5, que traz as NTN-Bs com vencimento inferior a cinco anos, também teve performance positiva, com desempenho de 13,2%.

"Esse resultado reflete o impacto dos cortes da taxa Selic além dos precificados pelo mercado em um cenário de inflação controlada e aprovação da reforma da previdência. Esse panorama valorizou os títulos públicos de prazos mais longos, trazendo ótimos resultados", afirma Marcelo Cidade, economista da Anbima.

Os títulos prefixados, que têm menor prazo de vencimento, também tiveram resultados positivos. O IRF-M, indicador que representa esses papéis, teve desempenho de 12% no ano, enquanto o subíndice IRF-M1+, que traz títulos prefixados com vencimento superior a um ano, apresentou o maior ganho do período, com 14,2%. O IRF-M 1, que mostra os resultados dos títulos de até um ano, ou seja, de curto prazo, apesar de resultado positivo, apresentou ganhos menores, totalizando 6,8%.

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Em 2019, as debêntures se consolidaram como fonte alternativa de investimento. O aumento da atratividade destes ativos se reflete, sobretudo, na liquidez do mercado secundário: houve aumento de 2,2% na liquidez desses papéis. Em dezembro, 5% do mercado era considerado líquido, enquanto, no final de 2018, esse número era de 2,8%.

Os índices que refletem o desempenho das debêntures, IDA-IPCA, IDA-IPCA Infraestrutura e IDA-IPCA Ex-infraestrutura, tiveram retornos de 13%, 12,3% e 15,8%, respectivamente, em 2019. Enquanto todos eles tiveram desempenho acima da taxa DI, o IDA-DI, que traz na carteira debêntures atreladas a esta taxa, registrou variação de 5,6% no ano, o que é equivalente a 94% do DI. É a primeira vez que o subíndice apresenta resultado menor que o seu benchmark.

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