Em maio, todos os índices de renda fixa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) tiveram retornos positivos. “Isso vale tanto para os indicadores compostos por títulos públicos quanto por títulos privados”, informa a associação nesta segunda-feira.
O IMA-B 5+, carteira NTN-Bs (títulos públicos ligados ao IPCA) com vencimento acima de cinco anos, foi o destaque do mês, com crescimento de 2,45%. Todos os resultados do setor serão divulgados no Boletim de Renda Fixa, que será publicado em breve no Anbima Data (https://data.anbima.com.br/publicacoes/boletim-de-renda-fixa), plataforma gratuita de dados dos mercados financeiro e de capitais.
“Quase todo o mês de maio foi marcado pela percepção do mercado de que os juros estacionariam em 14,75% e depois cairiam, o que impactou positivamente no rendimento dos títulos com prazos mais longos indexados à inflação”, comentou o economista Marcelo Cidade, lidado a Anbima. Segundo ele, nos últimos dias do mês, no entanto, esses papéis mostraram variação negativa causada, principalmente, pela discussão sobre um novo aumento da taxa Selic. “Essa reviravolta é resultado da divulgação do PIB e de outros indicadores da economia, que mostraram que o nível de atividade continua aquecido”, afirmou Cidade.
Enquanto isso, o IMA-B 5, que acompanha as NTN-Bs de menor prazo (vencimento em até 5 anos), teve alta de 0,62% – a menor do mês.O IMA-S, que reflete as LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) com prazo de um dia, valorizou 1,16 %.
Entre os prefixados, o IRF-M 1, composto por papéis que vencem em até um ano, rendeu 1,09%. Já o IRF-M 1+, de títulos com prazo acima de um ano, avançou 0,95%.
No geral, o IMA (índice de Mercados da Anbima), que acompanha os títulos públicos marcados a mercado, teve rentabilidade de 1,25% no mês.
De acordo com a Anbima, entre os papéis de dívida privada, as debêntures indexadas à taxa DI, refletidas no IDA-DI, cresceram 1,38%. O resultado é o mesmo das debêntures incentivadas que compõem o IDA-IPCA Infraestrutura. Já os papéis que não possuem isenção fiscal, acompanhados pelo IDA-IPCA ex-Infraestrutura, renderam 0,78%. No geral, os títulos corporativos marcados a mercado renderam 1,37% em maio, mostrou o IDA (Índice de Debêntures da Anbima).