TJ condena Fazenda Pública a indenizar consumidor

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Mais uma vez o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou a Fazenda Pública de São Paulo a indenizar um cidadão pela ineficácia em cobrança tributária. Na decisão recente, da 12ª Câmara de Direito Públicos, os desembargadores decidiram contra o Estado no caso de diálogos de fontes, ou seja, usaram uma teoria utilizada no Direito do Consumidor, que é do desvio produtivo quando da ineficácia da Administração Pública na cobrança ou na imposição tributária para determinados contribuintes.

Com isso, o Estado foi condenado a pagar indenização de R$ 5 mil por ter cobrado o valor do IPVA de 2017 de um automóvel que tinha sido vendido no ano de 2015.

Segundo a decisão, normas jurídicas não pertencem a áreas específicas (como a de defesa do consumidor) e podem ser aplicadas "dentro de uma ideia de complementariedade" a outro direito. Especialmente porque, no caso, os problemas foram causados por erro e incompetência da Administração Pública.

"O contribuinte foi indevidamente inscrito em Dívida Ativa do Estado e, consequentemente, houve a inserção do seu nome em protesto judicial pela dívida do IPVA de um veículo que já tinha sido vendido. Pela teoria do desvio produtivo, o tempo que o contribuinte gastou indevidamente pela ineficácia do Poder Público tem de ser indenizado", explica o advogado tributário Caio Bartine.

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Novos impostos – Nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo não vai criar novos impostos e destacou que Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não será recriada. Ele deu a declaração em café da manhã com jornalistas de agências internacionais no Palácio do Planalto.

"Não criaremos nenhum novo imposto. A reforma que está tramitando lá é do Parlamento, não é nossa. Conforme explanado na última reunião de ministros, nós queremos fazer uma reforma tributária e mexer com os impostos federais apenas. Ao longo dos meus 28 anos como deputado, quiseram fazer uma reforma que envolvesse União, estados e municípios. Não dá certo", afirmou.

Segundo ele, a equipe econômica do ministro Paulo Guedes está convencida de analisar apenas os tributos federais. "Queremos simplificar os tributos federais e não criando nenhum novo imposto. Você pode fundir vários impostos e eu acho que é isso que vai acontecer. CPMF de volta, não".

 

Com informações da Agência Brasil

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