Trânsito cada vez mais assassino

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Motocicleta contribui com 74% das indenizações por acidentes fatais

As indenizações envolvendo acidentes fatais no trânsito registraram aumento de 27% no primeiro semestre deste ano, em relação aos primeiros seis meses de 2016. No total, foram 19.367 indeniza-ções pagas para herdeiros de vítimas fatais. Já o número total de indenizações por acidentes de trânsito – incluindo os não fatais – caiu.
Seguindo as tendências dos anos anteriores, a motocicleta representou a maior parte das indenizações, 74%, apesar de representar apenas 27% da frota nacional. E os acidentes estão concentrados em um público muito jovem, entre 25 e 34 anos. “Na última semana comemoramos o Dia do Motociclista e apresentar esses números nos deixa desolados”, pondera Ismar Tôrres, diretor-presidente da Seguradora Líder-Dpvat, responsável pela operação do Seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat). 
No total de acidentes foram pagos 192.187 indenizações de janeiro a junho de 2017, incluindo casos de morte, invalidez permanente e despesas médico-hospitalares. O número é 9% menor que no primeiro semestre do ano passado, quando foram registradas 210.334 indenizações. Segundo Tôrres, a análise das estatísticas do Seguro Dpvat pode contribuir para o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes mais efetivas.
Sobre a análise dos óbitos, o Sudeste foi a região que concentrou a maior incidência dos acidentes dessa natureza (35%), seguido do Nordeste (31%), que teve maior participação das motocicletas nessa estatística. O Nordeste concentra apenas 17% do total de veículos do país, destacando o alto índice de fatalidade em acidentes envolvendo motos.
Como nos anos anteriores, a maior incidência de indenizações pagas, no primeiro semestre de 2017, foi para vítimas do sexo masculino (um total de 75%). Nesse período, a faixa etária mais atingida foi 18 a 34 anos, um total de 94.167 mil indenizações. No período analisado, os motoristas foram as principais vítimas. Em indenizações fatais, eles representaram 56% das indenizações pagas e 57% em acidentes com sequelas permanentes. Nesse cenário, formado por 82.125 motoristas, 73.024 eram motociclistas, um total de 89%. Os pedestres ficaram em segundo lugar nas indenizações por morte no período (26%), assim como nos acidentes com invalidez permanente (30%) e despesas médico-hospitalares (17%) . 
 

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