Com a crescente adoção do trabalho híbrido em todo o mundo, a América Latina se destaca. Na região, 72% das empresas adotaram o modelo, em comparação com 54% na área que engloba a Europa, o Oriente Médio e a África, 44% na Ásia-Pacífico e 41% na América do Norte. No Brasil, a adoção foi ainda maior. È o que mostra o relatório da consultoria JLL, entre as empresas brasileiras pesquisadas, 86% adotaram o sistema híbrido.
Indo de encontro com a adoção do trabalho híbrido no país, uma pesquisa divulgada em 2023 pelo IWG, em parceria com o Indeed, relata que nove em cada 10 trabalhadores (88%) consideravam o trabalho híbrido um fator importante na procura de um novo emprego; outro estudo “The Future of Work Trends Forecast 2024”, do IWG, mostrou que 75% dos CEOs entrevistados esperam que suas empresas continuem operando neste modelo nos próximos cinco anos.
De acordo com a JLL, no Brasil, apenas 14% das empresas entrevistadas ainda optavam por trabalho remoto.
De acordo com o relatório da JLL, o modelo híbrido é mais popular no Brasil, adotado por 45% das empresas, compreende dois dias de trabalho no escritório, aliados a três dias remotos por semana;
Complementando o relatório, em São Paulo, segundo um levantamento realizado pela Companhia de Engenharia de Tráfego da cidade, os dias com maior congestionamento foram terças, quartas e quintas-feiras, reforçando a preferência das empresas pelo conceito de trabalho que ganhou força no último ano, conhecido como TQQ (terça, quarta e quinta).
Os dados da CET indicaram que, em comparação com 2022, houve um aumento médio de 8,9% no trânsito às terças, 9% às quartas e 5,8% às quintas.
Por outro lado, as segundas registraram um aumento de apenas 3,8%, enquanto as sextas apresentaram uma queda de 2,3%.
O estudo também prevê que 30% de todo o mercado imobiliário comercial seja de espaços de trabalho flexíveis até 2030 em todo o mundo.
Já a terceira edição da pesquisa “O Cenário do RH no Brasil – 2023”, da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), em conjunto com a Umanni, realizada com aproximadamente 900 profissionais qualificados do setor, identificou que a maioria das empresas dos respondentes (49,6%) segue o formato 100% presencial, enquanto 46,2% optaram pelo regime híbrido. Já o home office integral (4,2%) teve uma significativa redução comparado à pesquisa anterior, quando estava presente em 23,9% das empresas.
No cenário do formato híbrido, a maioria das empresas (40,4%) prefere uma presença de três dias por semana, seguida por 27,4% que optam por dois dias semanais. Em contrapartida, 18,3% adotam quatro dias presenciais na semana. A tendência evidencia que, cada vez mais, as empresas estão propensas a aumentar o número de dias presenciais.
A maioria (92,8%) mantém a jornada de trabalho de cinco dias por semana, enquanto uma parcela menor (7,2%) opta por quatro. Isso mostra que a jornada tradicional ainda é predominante, mas há uma pequena porcentagem de empresas que exploram alternativas. Embora algumas empresas já tenham adotado o modelo de jornada de trabalho de quatro dias por semana, a tendência de adesão é relativamente baixa, com apenas 3% dos entrevistados afirmando ter projetos para implementar a jornada reduzida.
A CLT ainda é a escolha predominante para 92,3% dos entrevistados. O desenvolvimento e a inserção de jovens no mercado continuam sendo focos essenciais, com estagiários (61,35%) e jovens aprendizes (58%) em destaque. Simultaneamente, a contratação PJ (43,9%) e o home office (22,6%) permanecem relevantes, mantendo consistência com a edição anterior.
Nesta edição, 62,1% das empresas pesquisadas expandiram seu quadro de colaboradores, refletindo uma retomada expressiva nas contratações. Esse aumento vai ao encontro do crescimento de 62,5% no número de empregos com carteira assinada no Brasil, conforme informações do Caged. No geral, 21% das companhias mantiveram as posições e 16,9% reduziram os postos de trabalho.
Entre os participantes, somente 32,6% acreditam na preparação da liderança para os desafios de gestão de pessoas. Esse resultado evidencia a importância do tema Desenvolvimento de Liderança (58,7%), que já havia sido destaque na pesquisa anterior e continua significativo, sendo o segundo principal desafio nesta edição, mencionado por 49,6% dos participantes.
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