Tráfego de veículos em SP teve baixa em julho; já no Rio apresentou alta no mesmo mês

Por outro lado, carro e aplicativos de transporte superam a preferência do brasileiro por ônibus

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Trânsito de veículos na Rodovia Presidente Dutra (Foto: ABr/arquivo)
Trânsito de veículos na Rodovia Presidente Dutra (Foto: ABr/arquivo)

O mês de julho foi marcado por discreto recuo no movimento de veículos nas estradas do Estado de São Paulo, enquanto as rodovias do Rio de Janeiro apresentaram leve crescimento. No entanto, considerando o balanço parcial do ano, ambos estados registraram aumento no tráfego agregado. Esses são alguns dos resultados da última edição do Monitor de Tráfego nas Rodovias, levantamento realizado pela Veloe em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com o objetivo de acompanhar o movimento de veículos desde janeiro de 2020.

No caso das rodovias de São Paulo, o tráfego de veículos registrou leve retração de 0,3% no último mês, após a exclusão de fatores sazonais. Já no Rio de Janeiro, comparativamente, houve uma alta de 0,8%. Nas vias paulistas, os fluxos de veículos leves (-0,2%) e pesados (-0,3%) contribuíram igualmente para o resultado agregado, enquanto o resultado positivo no Rio de Janeiro foi impulsionado pelo fluxo de veículos pesados (2,7%), contrastando com os veículos leves, que aumentaram marginalmente sua presença nas rodovias do estado (0,7%).

Apesar dos resultados mensais, o tráfego em ambos os estados mostrou um crescimento significativo em comparação com o mesmo período do ano passado. Em São Paulo, o fluxo nas rodovias aumentou 4,7% em julho de 2024 em relação a julho de 2023. A alta foi impulsionada principalmente pelos veículos pesados, que registraram um aumento de 11,4%, enquanto o fluxo de veículos leves teve um crescimento de 3,7%. De forma similar, o estado fluminense registrou um aumento de 5,3%, liderado pela expressiva variação de veículos pesados (20,1%), que se sobressaiu em relação à alta de 3,5% entre veículos de passeio.

O balanço parcial do ano mostrou um crescimento acumulado de 3,1% no tráfego de São Paulo e de 5,8% no Rio de Janeiro. Nos dois casos, há influência positiva tanto de veículos leves (2,6%, em São Paulo e 4,5%, no Rio de Janeiro) quanto de veículos pesados (6,7%, em São Paulo, e 15,4%, no Rio de Janeiro).

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Em outro horizonte de análise, que contrasta o número de viagens realizadas nos últimos 12 meses e o volume correspondente nos 12 meses precedentes, São Paulo registrou um crescimento de 2,2% no fluxo agregado de veículos, em paralelo a uma alta de 5,8%, nas rodovias do Rio de Janeiro. Nesse recorte temporal ampliado, os veículos pesados também contribuíram mais para o resultado positivo (5,1% em São Paulo e 12,0%, no Rio de Janeiro) em relação ao aumento apresentado pelos veículos leves (1,7% em São Paulo e 4,9%, no Rio de Janeiro).

Segundo o estudo, “por um lado, alguns fatores positivos podem impulsionar o aumento do fluxo, como o bom desempenho da economia em geral, refletido pela performance da indústria e do comércio varejista, além do aquecimento do mercado de trabalho. No entanto, o aumento nos preços dos combustíveis pesa negativamente, encarecendo os deslocamentos e desestimulando as viagens das famílias. Isso explica porque o tráfego de veículos pesados têm mostrado resultados mais expressivos nos últimos meses, contribuindo de forma significativa para os números gerais.”

Já levantamento do Pesquisa CNT de Mobilidade da População Urbana 2024, realizada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) com o apoio da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) revela uma grande mudança no comportamento de transporte dos brasileiros: O uso de serviços de transporte por aplicativo aumentou de 1% em 2017 para 11,1% em 2024. Cerca de 29,4% dos entrevistados deixaram de usar o ônibus completamente como meio de transporte, enquanto 27,5% relataram ter reduzido o uso.

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