Em maio, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as transações de veículos usados registraram retração de 8,2% sobre abril e de 5,2% ante maio de 2023. No acumulado do ano, porém, os números seguem positivos em 6,6%.
“Acredito que dois fatores, em especial, justificam a queda. Em maio, tivemos um dia útil a menos na comparação com abril, o que sempre é refletido nos números do setor. Além disso, a tragédia climática que afetou a Região Sul do País reflete no volume nacional, apesar de ainda estarmos avaliando o real impacto das chuvas nas transações de veículos”, analisa o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.
Segundo o levantamento, as transações de automóveis e comerciais leves usados caíram 9,1% na comparação com abril e 5,4% ante o mesmo mês de 2023. Já na comparação dos cinco primeiros meses de 2024 sobre igual período de 2023, houve alta de 7%. Os modelos usados, com até 3 anos de fabricação, representaram 11,8% do total transacionado no mês. No acumulado de 2024, estes veículos acumulam participação de 10,6%.
O mercado de caminhões usados retraiu 7,4% sobre abril e 11,2% quando comparado ao mesmo mês do ano passado. Com isso, o segmento volta a apresentar retração no acumulado deste ano (-2%).
Os implementos rodoviários usados apontaram queda no mês de maio (-10%) sobre abril e na comparação com mesmo mês do ano passado (-14,9%). No acumulado dos cinco primeiros meses de 2024 sobre 2023, a alta foi de 1,7%.
A comercialização de ônibus usados sofreu redução de 11,2% no mês de maio sobre abril e de 15,5% sobre maio de 2023. A queda no ano foi de quase 6%.
E as motocicletas usadas tiveram diminuição de 4,9% em suas transações, na comparação com abril, e de 3% sobre maio de 2023. Já no acumulado dos cinco primeiros meses do ano houve alta de quase 7%.
Já estudo da Mobiauto verificou as cotações estaduais de alguns dos principais campeões de vendas do mercado nacional e apurou os preços médios de Chevrolet Onix, Fiat Strada, Jeep Renegade, Toyota Hilux Cab.Dupla e VW Gol, sempre ano-modelo 2023, em todos os estados do país no primeiro quadrimestre de 2024.
“A diferença de preços do Fiat Renegade 2023 no Piauí (R$ 109,2 mil) e em Pernambuco (R$ 118,9 mil) é de 8,9%. O que eu faço se sou um revendedor pernambucano? Vou rechear meu estoque com unidades compradas no estado vizinho. O lucro será enorme”, sugere o economista Sant Clair de Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto.
O consumidor final também pode se beneficiar dessa variação estadual nos preços. Ao revender seu VW Gol, por exemplo, um amazonense poderia obter por seu modelo uma cotação cerca de 10% mais alta no Amapá. Há vários exemplos semelhantes na lista, e isso apenas se formos considerar estados vizinhos, o que facilita a logística de buscar ou levar algum veículo.
Diferenças muito acentuadas de preços, inclusive, podem apontar a presença de versões mais caras sendo anunciadas em determinado estado, o que, naturalmente, faz subir a cotação média. “Mas isso também é um dado fundamental: se eu sou do Paraná e descubro que o tíquete médio de Toyota Hilux 2023 vendida no meu estado é de R$ 307,4 mil porque há uma presença grande de versões top de linha, e eu quero adquirir uma básica, eu vou a Santa Catarina, onde a média é de R$ 253,8 mil. Lá certamente eu encontrarei versões mais em conta”, sugere.
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