Três caminhos de como não fazer OKRs

Erros comuns na implementação de OKRs e como evitar falhas ao adotar essa ferramenta de gestão estratégica nas empresas. Por Pedro Signorelli.

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Essa não é a primeira vez que faço o próximo comentário: de uns tempos para cá, sinto que, cada vez mais, os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados-Chave) – viraram uma espécie de “modinha”. As empresas alegam que possuem a ferramenta e que a utilizam no dia a dia, ao longo de seus processos, mas me pergunto internamente se estão fazendo isso de forma correta.

Algumas dessas empresas, depois de um tempo utilizando a ferramenta, acabam adotando um movimento contrário: o abandono dos OKRs, porque “não funcionam”. Muitas pessoas já chegaram até mim e comentaram que não se pode falar de OKRs em determinada organização, porque o consultor X implementou e deu errado e o CEO, ou o dono, ou o time estão com aversão.

Acredite, não foram poucas as vezes em que a situação que descrevi acima aconteceu. Será que realmente não funcionam ou foi você, juntamente com os colaboradores, que não soube utilizar ou trouxe alguém para te apoiar que tinha apenas experiência de slides? Afinal, sejamos sinceros, com uma implementação realizada de maneira equivocada, é praticamente impossível usar os OKRs e tirar o seu melhor proveito.

Recentemente, vi gestores alegando que a ferramenta parece uma boa solução, mas que, após um período, se mostra uma armadilha que desvia o foco e a atenção, tornando o time, em geral, improdutivo. Foi analisando esses casos que fiquei preocupado, pensando em como os OKRs estavam sendo aplicados, já que uma de suas premissas é dar maior clareza para as necessidades, para a direção a ser seguida e para as ações a serem tomadas, o que permite alcançar melhores resultados.

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A verdade é que, para utilizar essa metodologia na sua empresa, você precisa ter em mente que os OKRs não são nenhuma fórmula mágica e que não vão transformar a organização da noite para o dia. A ferramenta exige uma mudança na cultura organizacional para que dê certo, e a gestão precisa estar extremamente alinhada com o time, contando com a ajuda de cada um para traçar as metas e construir os objetivos.

Nesse sentido, resolvi elencar os três caminhos de como não fazer OKRs, para servir de alerta para aqueles gestores que estão implementando a ferramenta de forma errada e também para ajudar quem deseja começar a utilizá-la:

  1. Primeiro caminho: atribuir a responsabilidade para terceiros, seja para o consultor ou o líder do projeto, pois, caso contrário, a mudança não vai acontecer. A responsabilidade por um projeto desse tipo é da liderança.
  2. Segundo caminho: fazer tudo correndo. Acredite, isso não adianta, pois a mudança de cultura não acontece do dia para a noite.
  3. Terceiro caminho: achar que é simples e fácil de implementar após a leitura de algum livro, como Avalie o que importa.

Pedro Signorelli é especialista em gestão, com ênfase em OKRs.

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