Três perguntas: a CSU, o mercado de meios de pagamento e o futuro

871
Ricardo Ribeiro Leite (foto divulgação CSU)
Ricardo Ribeiro Leite (foto divulgação CSU)

Fundada em 1992, a CSU é uma das principais empresas do mercado brasileiro em soluções tecnológicas para meios de pagamento, customer experience, fidelização e incentivo de clientes. Ela viu a evolução do mercado brasileiro de meios de pagamento, que agora passa pela revolução causada pelo Pix e pelo Open Banking.

Em março, a companhia anunciou o aporte de R$ 10 milhões no FitBank, fintech fornecedora de soluções de infraestrutura para meios de pagamento. O FitBank é autorizado pelo Banco Central como instituição de pagamento e possui entre seus investidores o banco J.P. Morgan. Com essa compra, a CSU deu início à estratégia de aquisição de participações em negócios complementares no ecossistema brasileiro de pagamentos.

Em abril, a companhia anunciou o licenciamento de longo prazo do core banking da Technisys como parte relevante da solução completa de Banking as a Service (BaaS) da CSU, que se encontra em implantação.

Conversamos sobre esses assuntos, e sobre a divulgação recente de resultados do 1º trimestre de 2021, com Ricardo Ribeiro Leite, diretor estatuário de Relações com Investidores.

Espaço Publicitáriocnseg

 

A CSU acompanhou a transformação do mercado brasileiro de meios de pagamento. Como a empresa viu essas mudanças e vê o momento atual desse mercado?

O cenário de pagamentos no Brasil está passando por uma grande transformação, não apenas pela criação de novos arranjos de pagamentos, como é o caso do Pix, mas também pelo surgimento de novos players, o que tende a acelerar ainda mais com a implementação do Open Banking. O resultado dessa transformação é a disponibilidade de mais alternativas de pagamentos para consumidores e comércios. Como em qualquer mercado, quanto mais alternativas, a tendência é aumentar a competitividade e, com isso, uma queda no custo e uma melhoria nos serviços. Assim, o momento atual de inclusão digital e desconcentração dos serviços financeiros é benéfico para empresas de pagamentos como a CSU, fornecedora de soluções tecnológicas de última geração para esse ecossistema.

 

O que representa a parceria com a Technisys para o futuro?

Com o licenciamento de longo prazo da plataforma de core bancário junto a Technisys, para seu projeto de Banking as a Service (BaaS), a CSU se torna a única prestadora de serviço a utilizar este ambiente, considerado um dos mais avançados do mercado mundial de core banking. O movimento eleva o digital banking para outro nível em solo nacional e oferece novos caminhos para a expansão da companhia, auxiliando na operação de todo o ciclo de pagamentos em contas digitais de nossos clientes e de empresas dos mais diversos setores.

Desta maneira, a CSU terá acesso a uma ferramenta que viabiliza a criação de instituições de pagamentos, vinda de uma empresa que já atua no ambiente digital. Na construção e desenvolvimento de uma proposta completa de soluções de serviços para seu projeto de BaaS, a CSU deverá alocar recursos superiores a R$ 150 milhões nos próximos cinco anos, na área de tecnologia e operações.

Com este investimento, a CSU buscará capturar uma parcela importante da indústria de outsourcing de BaaS, que, pelas suas projeções, pode gerar cerca de R$ 8 bilhões em receitas potenciais nos próximos cinco anos no mercado brasileiro.

 

Considerando a divulgação recente dos resultados do primeiro trimestre de 2021, como se saiu a CSU?

A CSU está em um ciclo crescente de resultados iniciado há 2 anos, com aumento de receitas e forte expansão de lucratividade, tanto no negócio de pagamentos quanto no de customer experience. E este início de ano não foi diferente, divulgamos o maior lucro líquido da história em um 1º trimestre, de R$ 12,8 milhões, expansão de 37,5% sobre o mesmo trimestre de 2020.

O Ebitda – importante indicador de lucratividade operacional – foi recorde, R$ 35,8 milhões, aumento de 17,7% comparado ao 1º trimestre do ano anterior, com margem Ebitda de 29%. Ainda, a CSU foi efetiva em importantes renovações contratuais, na expansão das operações nos atuais clientes e na conquista de novos, ainda em implantação, que devem passar a gerar receitas em alguns meses. Por fim, seguimos focados em crescimento e rentabilidade, vislumbrando boas perspectivas em relação a este ano.

Leia também:

Três perguntas: as fintechs, o Pix e o Open Banking

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui