Três perguntas: Banco Original – desafios e perspectivas

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O Banco Original fechou o primeiro semestre deste ano com lucro de R$ 73 milhões, ante prejuízo de R$ 220 milhões no mesmo período do ano passado. O banco possui R$ 16,9 bilhões em ativos, carteira de crédito de R$ 9,1 bilhões e patrimônio líquido de R$ 2 bilhões. Todas as suas cinco frentes de atuação apresentaram margens positivas: Varejo, R$ 317 milhões; Não correntistas, R$ 60 milhões; Empresas, R$ 37 milhões; Atacado, R$ 203 milhões, e BaaS, R$ 18 milhões.

Atualmente, o banco possui 5,3 milhões de clientes, um crescimento de 32,5% comparado a 2020, quando encerrou o ano com 4 milhões de clientes. O banco tem pautado seu crescimento na qualificação e rentabilização da sua base de clientes, mesmo que para isso tenha que abrir mão de algumas bandeiras dos bancos digitais. Em geral, esse tipo de banco não oferece todos os serviços dos bancos tradicionais, mas em compensação não cobra tarifas. O Banco Original estruturou sua operação de forma a oferecer todos os serviços aos seus clientes, evitando assim que eles precisem ter contas em outras instituições, mesmo que para isso tenha que cobrar tarifas.

Conversamos com Raul Moreira, coordenador do Comitê de Inovação do Banco Original, sobre a forma como o banco tem pautado seu crescimento no mercado bancário brasileiro, as expectativas quanto ao Open Finance (Open Banking) e as perspectivas para 2021 e 2022.

Como o Banco Original tem visto o concorrido mercado brasileiro de bancos digitais? Como o banco tem pautado seu crescimento neste mercado?

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O mercado financeiro vive um momento inédito de profunda transformação. Vemos esse movimento de maneira extremamente benéfica, bem como o aumento dos diferentes players do mercado, com bancos digitais, fintechs e outros parceiros. Isso faz com que todos busquem oferecer mais benefícios, melhorias, melhores serviços, menores taxas e muito mais. Essa disputa é saudável e beneficia todo o segmento. Acreditamos que a convergência de três fatores proporcionou esse movimento do setor. Por um lado temos um regulador extremamente aberto ao estímulo da competição e aos novos entrantes do mercado. Por outro, temos um avanço de tecnologia que permite a criação de novos produtos e serviços. Por fim, vemos uma mudança de hábitos do consumidor que está muito mais aberto a experimentar as novidades do setor. O processo de digitalização foi ainda acelerado durante a pandemia.

O Banco Original tem adotado uma estratégia de crescimento sustentável, rentabilização da base e diversificação da receita, frente aos outros players do mercado que têm focado em aquisições. Com esse modelo em mente, obtivemos, pela primeira vez, lucro de 73 milhões no primeiro semestre de 2021. O cliente é o centro da nossa estratégia e, por isso, oferecemos serviços de qualidade para os nossos mais de 5,3 milhões de clientes. Isso foi obtido por meio de um rol de serviços completos. Oferecemos tudo o que um banco tradicional oferece, mas com todos os benefícios e agilidade de um banco digital. Apresentamos ao nosso cliente a possibilidade de centralizar toda a sua vida financeira no Original, com a melhor experiência. Nosso aplicativo foi construído com base em uma escuta ativa. Estamos em contato com os usuários dia-a-dia para entregar o melhor serviço possível. Além disso, hoje oferecemos um plano do melhor cashback do Brasil nas nossas linhas de cartões e fazemos parte das principais carteiras digitais, como Apple Pay, Samsung Play e Google Play. Tudo isso traz protagonismo para o cliente, que tem serviços e benefícios que facilitam seu cotidiano.

Quais as expectativas do Banco Original com relação ao Open Finance? Qual a sua importância para a estratégia do banco?

O Banco Original já nasceu dentro do conceito de Open Finance. Toda a nossa arquitetura é aberta e baseada no conceito de APIS de microsserviços. Estamos bastante animados com a chegada desse sistema financeiro no Brasil. Acreditamos que o Open Finance será a maior revolução bancária do país e que o maior beneficiado será o cliente. Com as informações compartilhadas pelas instituições financeiras (tudo com a permissão prévia do cliente), será possível fornecer os melhores produtos e serviços para cada pessoa. Além disso, a informação de qualidade e apurada por instituições de credibilidade pode acarretar uma oferta de crédito até 30% maior para o cliente.

O Banco Original entrou no Open Finance de forma voluntária. Não éramos obrigados a participar das fases anteriores, mas participamos, pois, acreditamos e vemos inúmeros benefícios com o sistema financeiro aberto. E estamos prontos para a terceira, que está prevista para começar no final de outubro. Nós nascemos digitais e o Open Finance é uma de nossas prioridades.

Quais as perspectivas do Banco Original para 2021 e 2022?

Para 2021, temos a perspectiva de aumentar ainda mais nosso faturamento e nos consolidar como um banco digital que cresce baseado na rentabilização da base. Queremos seguir melhorando nossos serviços a cada dia e chegar à marca de 10 milhões de clientes.

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