Três perguntas: FieldPRO, uma agtech

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Ricardo Sodré (foto divulgação FieldPRO)
Ricardo Sodré (foto divulgação FieldPRO)

Segundo o estudo “Agtech – Mining Report 2021”, desenvolvido pela Distrito, os investimentos feitos em agtechs, empresas de tecnologia focadas no agronegócio, somaram, em 2020, US$ 13,5 bilhões em todo o mundo, um aumento de 187% comparado a 2019, quando os investimentos haviam somado US$ 4,7 bilhões.

No Brasil, esse tipo de investimento somou US$ 67,3 milhões no ano passado, sendo que 90% desse valor foi destinado a uma única empresa. Depois de três anos de crescimento, os investimentos do último ano foram fracos. Se considerarmos a força do agronegócio brasileiro, isso mostra que existem muitas oportunidades em aberto no universo de agtechs brasileiras.

A Distrito mapeou 296 agtechs que desenvolvem soluções para diferentes áreas como agricultura de precisão, biotecnologia, automação e robotização. Existem até mesmo marketplaces focados no agronegócio.

Para conhecermos um pouco mais deste universo, conversamos com Ricardo Sodré, fundador e CEO da FieldPRO, agtech fundada em 2018, responsável pelo desenvolvimento de uma tecnologia de monitoramento de clima, planta e solo de culturas agrícolas.

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O que é a FieldPRO?

A FieldPRO é uma empresa de IoT (Internet of Things, Internet das Coisas) e inteligência de dados. Criamos produtos inovadores junto com nossos clientes para atender suas necessidades. Nossa missão é democratizar o acesso a dados confiáveis do campo para que se produza mais alimentos, utilizando menos recursos.

 

Quais são os ganhos gerados pelos dados do FieldPRO?

Ao ser instalado no campo agrícola, o equipamento FieldPRO, através de seus 14 sensores, avalia as principais informações climáticas da área, as propriedades do solo e as condições da vegetação. Esses dados são úteis para tornar as práticas no campo mais assertivas e melhorar a produtividade das safras, evitando replantios, desperdícios de insumos e aumento dos custos de produção, especialmente pela realização de operações quando as condições ambientais estiverem ruins.

 

A FieldPRO foi uma das primeiras agtechs brasileiras. Como você tem visto o desenvolvimento deste setor?

Houve uma ascensão considerável de agtechs nos últimos tempos, porém, uma parcela muito pequena está voltada para a internet das coisas, o que eu acredito ser ponto chave para a agricultura.

Ter dispositivos instalados da lavoura para coleta e monitoramento das variáveis agrícolas faz toda a diferença na análise dos principais pontos que interferem na produtividade das safras. Os modelos de monitoramento realizados apenas por sensoriamento remoto, muito utilizados atualmente, são insuficientes para diagnosticar com precisão o que está ocorrendo na lavoura e identificar padrões de médio e longo prazo, que permitem melhores resultados.

Essa foi a principal razão em nossos esforços para desenvolver o dispositivo, sempre levando em consideração a criação de uma tecnologia eficiente e de baixo custo para ser acessível a todos os produtores rurais.

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