Três perguntas: o mercado de ações em fevereiro de 2022

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Fabrício Gonçalvez (foto divulgação Box Asset Management)
Fabrício Gonçalvez (foto divulgação Box Asset Management)

O Ibovespa fechou fevereiro com 113.141 pontos, apresentando uma valorização de 0,89%. Em 2022, a valorização é de 7,94%, e nos últimos 12 meses, 0,79%. A máxima no ano foi atingida no dia 16 de fevereiro, 115.180 pontos, e a mínima no dia 5 de janeiro, 101.005 pontos. Conversamos com Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management, sobre o mercado no último mês, sua avaliação geral sobre os resultados já divulgados do 4T21 e sobre como se posicionar no mercado acionário tendo em vista um ano que deverá ser marcado pela volatilidade.

 

Como você viu o mercado de ações em fevereiro de 2022?

Foi um mês marcado pela volatilidade nos mercados, com a questão da Rússia x Ucrânia impactando diretamente as commodities e as bolsas globais. Apesar de todos esses efeitos, o Ibovespa, nosso principal índice, fechou o mês com uma valorização de 0,89%. A inflação global é uma preocupação dos investidores que têm buscado ativos atrelados às commodities como forma de proteção, e o Brasil tem sido um destino para isso. Para fins de comparação, o S&P 500 fechou o mês com queda de 3,13%.

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Qual a sua avaliação sobre os resultados do 4T21 já divulgados pelas companhias e quais são as perspectivas de resultados para 2022?

De modo geral, foram bons resultados. Grandes companhias brasileiras como Vale, Petrobras e Itaú superaram as estimativas do mercado. Claro, algumas empresas sólidas como Bradesco, Santander e Ambev divulgaram resultados abaixo do esperado, mas, como disse, na média foram bons. O ano de 2022 será de desafios por conta da inflação e da trajetória de juros no país. A projeção para a Selic, segundo o relatório Focus do BC, é que ela termine o ano acima dos 12%. Juros mais altos desaceleram o consumo e sobem o custo do dinheiro.

 

Temos pela frente um ano que, muito provavelmente, será caracterizado pela volatilidade, principalmente por causa das eleições presidenciais. Como se posicionar em ações diante desse quadro?

Antes de alocar o capital, o investidor deve sempre definir o seu perfil de risco para fazer uma correta exposição em determinadas classes de ativos. Renda variável sempre terá volatilidade, pois o futuro é incerto, e o curto prazo, repleto de ruídos. O melhor a se fazer é ater-se ao longo prazo e diversificar a carteira com ações de diferentes geografias e setores visando a redução de risco e aumento da expectativa de retorno.

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