Três perguntas: o mercado de criptomoedas em novembro de 2021

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Safiri Felix (foto divulgação Transfero)
Safiri Felix (foto divulgação Transfero)

Conversamos com Safiri Felix, diretor de Produtos e Parcerias da Transfero, empresa internacional de soluções financeiras baseadas em tecnologia blockchain, sobre o mercado de criptomoedas em novembro, a implantação do bitcoin na economia de El Salvador e a competição entre países para atração de negócios de criptoativos.

O bitcoin começou o mês sendo negociado a US$ 60 mil e já na primeira quinzena voltou a se aproximar de sua máxima histórica de US$ 69 mil, atingida em outubro. Depois de ceder, nos últimos dias chegou a operar próximo a US$ 53 mil, fechando o mês com o valor em torno de US$ 58 mil.

Já o ethereum, depois de bater a sua máxima histórica em outubro, US$ 4,4 mil, abriu o mês sendo negociado a US$ 4,2 mil. Ainda na primeira quinzena, voltou a bater uma nova máxima histórica, chegando a ser negociado acima dos US$ 4,8 mil. A segunda principal criptomoeda chegou ao final do mês operando acima dos US$ 4,6 mil. Cabe mencionar que o bitcoin e o ethereum iniciaram o ano de 2021 sendo negociados a US$ 29 mil e US$ 740.

 

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Como você viu o mercado de criptomoedas em novembro de 2021? Quais são as suas perspectivas para os próximos meses?

O grande destaque do mês foi o aumento da volatilidade, tendo o bitcoin flertado com o rompimento dos US$ 70 mil na segunda semana de novembro. Depois disso, a principal criptomoeda entrou em forte correção e recuou mais de 20% desde a máxima.

Mais uma vez se observou um padrão de comportamento de descolamento dos outros criptoativos, que costumam performar melhor que o bitcoin em períodos de lateralização, mas sofrem mais durante as correções.

Não se pode descartar a possibilidade de que haja um rally de final de ano capaz de levar o bitcoin a se aproximar dos US$ 100 mil.

 

Você retornou recentemente da Labitconf (Latin American Bitcoin & Blockchain Conference) realizada em El Salvador. Como está a implantação do bitcoin na economia deste país?

Com pouco mais de 3 meses, os resultados são bem promissores. Nas grandes redes de varejo e cadeias internacionais de fast-food já é possível fazer pagamentos sem problemas, mas isso ainda não é uma realidade em estabelecimentos menores.

A população em geral ainda sente falta de mais informações e educação sobre os benefícios da adoção do bitcoin e segue preferindo utilizar dólares no dia a dia.

O lançamento do projeto Bitcoin City tem potencial de atrair investimentos e posicionar o país como importante hub para a indústria de criptoativos. A captação inicial de US$ 1 bilhão foi bem recebida pelo mercado, garantindo os recursos necessários para o início do projeto.

 

Como você tem visto a competição entre países para atração de negócios de criptoativos?

Países que identificaram o potencial do mercado e se posicionam com regulações favoráveis já estão atraindo investimentos e gerando empregos com a indústria de criptoativos.

Um exemplo interessante foi a migração das plantas de mineração que saíram da China e se instalaram nos Estados Unidos, Canadá e Leste Europeu, em busca de segurança jurídica e contratos de fornecimento de energia competitivos.

O Crypto Valley na Suíça é outro exemplo de como as políticas públicas podem incentivar o desenvolvimento do mercado, tendo atraído diversos projetos e se consolidando como importante hub de inovação.

Esperamos que a discussão dos projetos de lei que estão sendo debatidos no Brasil levem isso em consideração e permitam o crescimento de empreendimentos nacionais capazes de serem relevantes internacionalmente.

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